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Plebiscito à vista

Por Gilson Cavalcanti Ricci (*) | 25/06/2014 10:31

Estamos no início da campanha eleitoral de 2014, e até agora não se fala no plebiscito para mudança do nome do MS, a outro que melhor nos identifique, e nos liberte do incômodo de confusão com o nome do vizinho MT. Volto a este tema atualíssimo, qual seja a necessidade de mudança do nome do nosso Estado para outro que o defina de modo inconfundível, e que afaste de uma vez por todas a confusão hilariante e freqüente que se faz em torno do nome da nossa terra, o que nos deixa encabulados ao declinarmos nossa origem, por exemplo quando viajamos para fora dos limites do MS, como aconteceu em várias ocasiões em que percorri outras regiões do nosso País.

Nossa augusta Assembléia Legislativa aprovou o Projeto de Emenda Constitucional nº 0005/2011, de autoria do deputado Antônio Arroyo, a qual designa a realização do plebiscito em questão concomitante com as eleições de 2014. Apesar de estarmos em vias de início da campanha eleitoral, nenhum candidato, ou pré-candidato, tomou a iniciativa de dirigir-se ao eleitorado sobre a realização do referido ato popular, que revelará a vontade do povo sul-mato-grossense a respeito da mudança do nome do nosso amado torrão natal.

Como já me reportei em mais de uma vez no Correio do Estado, a gafe é muito comum, sendo cometida mesmo até por pessoas influentes da esfera político-administrativa, o que é muito lamentável. Na televisão, o absurdo ultrapassa as raias da razoabilidade. Não cito exemplos, face as inúmeras gafes pejorativas existentes no anedotário. Imperdoável a demonstração de ignorância explícita a respeito do nosso Estado.

Alguns de nossos conterrâneos, contrários à mudança do nome do MS, justificam a gafe sob a alegação de falta de cultura de quem a comete, e arrematam a posição deles com o eterno chavão muito usado nos meios políticos: “o povo necessita de mais escolas”. Ora, vivemos num país gigantesco, com uma população superando os duzentos milhões de habitantes. Certo que há necessidade premente de mais escolas no Brasil, mais médicos na saúde pública, etc.

Todavia, não se deve perder de vista que o caso em comento também se inclui na extensa lista das necessidades vitais do nosso povo, vez que não podemos mais continuarmos a servir de pilhéria por parte dos demais brasileiros.

A única forma de revertermos esse quadro negativo é a mudança do nome do nosso Estado para outro que o defina sem nenhuma ligação ao MT. E o momento oportuno para que isto aconteça é através do plebiscito, que já está incluído nas eleições de 2014. Portanto, a solução está à vista. Não podemos perdê-la sob pena de ficarmos à deriva na incerteza de nossa identidade perante o firmamento nacional.

Conclamo aos candidatos de todos os partidos, que incluam desde já na campanha eleitoral a divulgação da importância do plebiscito para definição do nome do MS, e conseqüente libertação das sombras do velho Mato Grosso. Conclamo a todos os concorrentes, indistintamente, porque se trata de uma consulta ao povo sul-mato-grossense se concorda ou não com a proposta em tela. Para tanto, necessário se torna o amplo debate antes do pleito, para que se evite ao eleitor surpresa no momento de votar em seu candidato e, diante da consulta do plebiscito, não se confundir acerca de sua escolha do sim ou do não.

(*) Gilson Cavalcanti Ricci,  advogado

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