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Cidades

Após alunos, UFMS tem denúncia de que servidora branca entrou por cota

A aprovação na banca de avaliação foi indeferida depois de alerta de "possível irregularidade"

Aline dos Santos | 07/11/2020 16:48
A candidata foi nomeada em setembro para o Campus do Pantanal, que fica em Corumbá.
A candidata foi nomeada em setembro para o Campus do Pantanal, que fica em Corumbá.

Campeã em expulsão de alunos por fraudes em cotas raciais, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) registra agora denúncia de que servidora branca ingressou no serviço público federal por meio da reserva de vagas para negro.

A técnica administrativa foi nomeada em 24 de setembro para o Campus do Pantanal, que fica em Corumbá.   Porém, no fim de outubro, a universidade divulgou documento indeferindo a confirmação de heteroidentificação.

 A decisão foi tomada por “recebimento de denúncia por possível irregularidade no   procedimento”. A comissão do concurso também abriu prazo para a defesa.

De acordo com o edital do concurso público de provas para cargos de técnicos administrativos em educação, aos candidatos inscritos como negros seriam reservadas 20% do total das vagas oferecidas, independente da área ou da lotação.

Os candidatos que se autodeclararam negros passam por uma banca de avaliação, que analisa as características fenotípicas próprias das pessoas negras. Segundo o edital, são elas: a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do nariz, e o formato e cor dos lábios. O procedimento é filmado.

No dia 26 de setembro, a candidata teve o resultado deferido, mas, após a denúncia, foi alterado para indeferido.

Desde 2017, a UFMS investigou 44 denúncias de ingresso por fraude em cotas raciais e expulsou 33 acadêmicos que usaram irregularmente o sistema. Em 2018, a fraude em cotas para ingresso no curso de Medicina foi denunciada por estudantes, que levaram dossiê à Polícia Federal.

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