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Cidades

Demora em buscar atendimento médico aumenta mortes por síndrome respiratória

O acompanhamento de casos de SRAG se intensificou com a chegada da covid-19

Lucia Morel | 23/07/2021 16:45
Pacientes em espera na UPA do bairro Coronel Antonino. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Pacientes em espera na UPA do bairro Coronel Antonino. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

A população de Campo Grande acometida por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) demora para procurar atendimento médico, aumentando a ocorrência de óbitos decorrentes do quadro. Relatório do Cievs/MS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Mato Grosso do Sul) da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostra a ocorrência da síndrome em MS e nos 79 municípios.

O acompanhamento de casos de SRAG se intensificou com a chegada da covid-19, que assim como outras doenças respiratórias, pode causar a síndrome. Conforme o Cievs, existe demora por parte do paciente em procurar auxílio médico aqui na Capital, o que pode não apenas agravar o quadro e agravar sequelas, mas resultar em mais óbitos.

Para se ter uma ideia, os dados revelam que entre janeiro e março deste ano, Campo Grande teve 3.919 casos de SRAG e 1.124 das vítimas faleceram. Esse total é maior que o registrado nos três primeiros meses do ano passado, quando 777 pessoas faleceram em decorrência de complicações respiratórias. A quantidade de notificações de casos da síndrome também foi menor em 2020: 3.323.

Fonte: Cievs
Fonte: Cievs

Conforme análise das técnicas do Cievs, no ano passado, o tempo médio entre a internação do paciente com SRAG e sua morte era de 16 dias. Este ano, foi de 13. “Quando o óbito ocorre de forma acelerada após a internação, pode estar relacionado à demora da busca ao serviço de saúde pelo paciente, assim como a presença de variantes virais mais agressivas”, que foi o caso deste ano, com maior circulação do novo coronavírus.

Interior – a análise foi feita para cada um dos 79 municípios e as conclusões foram semelhantes, com a maioria das cidades tendo registrado habitantes que demoram para procurar ajuda médica. Em Dourados, por exemplo, há orientação para que haja atuação do Poder Público para reduzir as mortes decorrentes da síndrome, que aumentaram de 16 para 194 este ano. O total de casos de SRAG lá foi de 790 nos primeiro trimestre deste ano e de 506 no ano passado.

Os dados foram disponibilizados no “Compêndio de relatórios técnicos de análise das notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos municípios do estado de Mato Grosso do Sul, do primeiro trimestre de 2021” que pode ser acessado aqui.

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