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Cidades

Justiça liberta ex-coronel acusado de proteger delegado de MS preso

Gonzalo Medina foi beneficiado esta semana e saiu do presídio de Palmasola, onde ficou por 17 meses

Lucia Morel | 17/11/2020 19:00
Gonzalo Medina, ex-comanda de força de segurança boliviana, que deixou prisão após 17 meses. (Foto: El Deber)
Gonzalo Medina, ex-comanda de força de segurança boliviana, que deixou prisão após 17 meses. (Foto: El Deber)

O ex-comandante da Felcc (Força Especial de Combate ao Crime) da Bolívia, Gonzalo Medina, foi beneficiado com prisão domiciliar esta semana. Ele estava presídio de Palmasola e voltou para casa na tarde de segunda-feira (16). Ele ficou preso por 17 meses, por envolvimento com o traficante Pedro Montenegro, extraditado para o Brasil em novembro do ano passado.

Medina é investigado, também, por dar proteção irregular ao delegado de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Fernando Araújo da Cruz Junior, 34 anos, réu pelo assassinato de Alfredo Rengel Weber, 48 anos, que tinha condenação por tráfico de drogas.

No mês passado, o ex-comandante da Felcc foi notificado, na prisão onde estava, para explicar porque à época da condução do inquérito no Brasil  ignorou os pedidos de colaboração da Corregedoria da Polícia Civil.

Liberado - A prisão domiciliar foi concedida pelo juiz Luis Esteban Loza, depois que no dia 6 deste mês, a Terceira Câmara Criminal assentiu com o pedido da defesa de liberação, com escolta policial, em casa.

O Ministério Público de Substâncias Controladas da Bolívia recorreu da decisão da Terceira Câmara Criminal, argumentando que o réu não atendia aos requisitos, mas a decisão do tribunal valorizou os argumentos da defesa.

 Fernando Araújo da Cruz Junior, de 34 anos. O ex-comandante da Felcc (Força Especial de Combate ao Crime) em Santa Cruz de La Sierra, Gonzalo Medina, foi notificado na quarta-feira (14) na prisão onde está para explicar porque à época da condução do inquérito no Brasil  ignorou os pedid0s de colaboração da Corregedoria da Polícia Civil. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Entre elas, a de que não existem provas contra Medina e que o seu estado de saúde é delicado.

Investigação – Apesar da concessão de prisão domiciliar, a Felcn (Força Especial de Combate ao Tráfico de Drogas) boliviana e a Promotoria de Substâncias Controladas continuam com as investigações do caso Pedro Montenegro pelos crimes de tráfico.

O caso foi deflagardo em 15 de abril do ano passado e são mais de 40 pessoas investigadas, entre elas magistrados da Bolívia, como Osvaldo Valencia, ex-presidente do Tribunal Constitucional; Gonzalo Hurtado, do Supremo Tribunal de Justiça; e o membro do Tribunal Departamento de Justiça de Santa Cruz, Darwin Vargas.

Dois ex-policiais e dois civis continuam presos em Palmasola. Também há 30 propriedades e veículos sequestrados, além de uma grande quantidade de documentação e outros bens.

Com informações do site El Deber.

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