Na metade, agosto registra 188 mortes e retrata a face mais triste da covid-19
Amargo, número pode ser retrato “atrasado” devido à inconstância de sistema do Ministério da Saúde
O mês de agosto, que chega à metade neste dia 15, registra 188 mortes por covid-19 em Mato Grosso do Sul. O número, no mínimo amargo e que registra a faceta mais triste da pandemia, ainda pode ser um retrato atrasado da doença, posto quem devido à inconstância do sistema do Ministério da Saúde, foi contabilizado até a manhã de ontem (dia 14).
Neste formato, a estatística teve acréscimo de sete mortes, sendo quatro em Campo Grande, dois em Corumbá e um em Anastácio. Todas com comorbidades, as mais recentes vítimas tinham entre 55 e 87 anos.
“Devido à inconstância do sistema do Ministério da Saúde, nós retiramos os dados oficiais ontem de manhã. Precisamos acrescer os óbitos que aconteceram ao longo do dia de ontem quando o sistema estiver regularizado. O número é de sete óbitos, mas relacionado até a parte da manhã de ontem”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, durante live (transmissão pela internet) neste sábado.
Com um gráfico, a secretária adjunta Christinne Maymone, mostrou a escalada da morte no Estado mês a mês. Em março, MS registrou o primeiro óbito por covid. Em abril, foram oito. No mês de maio, onze. A partir de junho, a situação se agravou com 70 mortes. Em julho, foram 320.
“Lamentamos e a nossa solidariedade a cada uma das famílias”, disse Christinne.
Mais mil casos – No comparativo com ontem, o Estado registrou 1.108 novos casos da doença, espalhados por 60 cidades. “É um número similar aos dias de semana, mostra que a doença continua em expansão e quase 50% [dos casos novos] são de Campo Grande”, afirma Resende.
Conforme o secretário, o vírus segue se espalhando com mais força pela Capital (com 464 novos casos), municípios com população indígena (Aquidauana teve mais 104) e Corumbá (62). Ao todo, Mato Grosso do Sul tem 36.542 casos da doença e 598 óbitos.
Do total de infectados, 544 estão em hospitais, sendo 239 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A maior taxa de ocupação é da macrorregião de Campo Grande, com 84%.
Outros 6.155 permanecem em isolamento domiciliar e 29.245 pacientes se recuperaram.