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Cidades

Operação busca donos de oficina que receberam de prefeitura sem prestar serviço

Foram expedidos 11 mandados: 4 de prisão e 7 de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Maracaju

Viviane Oliveira | 30/11/2021 10:36
Movimentação de policiais do Dracco no condominío Alphaville II, na Rua Guaraiuva. (Foto: Marcos Maluf)
Movimentação de policiais do Dracco no condominío Alphaville II, na Rua Guaraiuva. (Foto: Marcos Maluf)

A terceira fase da Operação Dark Card, deflagrada na manhã desta terça-feira (30) pela Polícia Civil, mira dessa vez, uma oficina mecânica de Dourados, que em 4 meses, recebeu quase R$ 400 mil da Prefeitura de Rio Brilhante sem prestar serviço. Nas fases anteriores, foram apurados o desvio de verbas públicas em postos de combustíveis.

Segundo o delegado de Rio Brilhante, Alexandre Neves, responsável pela operação, as investigações apontaram que não houve serviço de oficina prestado, ainda assim, a empresa recebeu os valores pagos pela prefeitura. “No total, foram gastos no período de 4 meses, quase 400 mil somente nessa oficina, tudo a título de aquisição de peças e serviços mecânicos”, disse o delegado. Serviços esses que nunca existiram.

Ainda conforme a autoridade policial, foram expedidos quatro mandados de prisão: dois contra os donos da oficina, que ainda não foram localizados, e dois contra ex-servidores, que já estão presos em decorrência das operações anteriores.

Também houve movimentação de policiais no Edifício Evolution, na Avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Maluf)
Também houve movimentação de policiais no Edifício Evolution, na Avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Maluf)

Além disso, foram expedidos outros 7 mandados de busca e apreensão em endereços de empresas relacionados ao esquema, visando a apreensão de documentos e materiais relevantes para as investigações. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Dourados e Maracaju. A ação contou com apoio de 40 policiais civis.

Na Capital, houve movimentação de investigadores do Dracco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado) no Edifício Evolution, localizado na Avenida Afonso Pena, e no condomínio Alphaville II, na Rua Guaraiuva, no Jardim Novos Estados.

A investigação começou a partir de denúncias feitas pelo próprio prefeito de Rio Brilhante, Lucas Foroni (MDB), no dia 22 de julho deste ano, após identificar abastecimentos de carros da prefeitura feitos no município de Nova Alvorada do Sul, a 40 km de distância.

Desconfiado de gastos excessivos com combustíveis através do cartão fornecido por uma rede de postos, Lucas Foroni determinou levantamento em cada uma das secretarias municipais. Segundo a prefeitura, foi constatada existência de esquema envolvendo funcionários comissionados, que estavam se utilizando da confiança dos cargos que exerciam para fraudar o sistema. Eles foram exonerados.

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