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Cidades

Queda na eficácia de vacinas só foi constatada em idosos e imunossuprimidos

Em agosto, cerca de 80% das mortes por covid foram de pessoas não vacinadas ou que foram há mais de 6 meses

Lucia Morel | 02/09/2021 16:10
Mulher é vacinada em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Mulher é vacinada em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Por que há redução na efetividade de vacinas contra covid-19 após seis meses de aplicação? Para essa resposta, é importante ressaltar em quem essa queda está sendo apresentada com mais ênfase: idosos e pessoas imunossuprimidas.

Esse público, pela idade ou constituição fisiológica decorrente de tratamentos de saúde já é prejudicada no quesito imunidade, naturalmente. Ao serem vacinadas, os imunobiológicos acabam não apresentando também a efetividade que deveriam, tornando-se menos eficientes ao longo do tempo.

Segundo a infectologista Mariana Croda, do COE (Centro de Operações de Emergência) da SES (Secretaria de Estado de Saúde), por enquanto, a queda de eficácia foi identificada apenas nesses dois públicos que, naturalmente, já têm “resposta imune prejudicada”.

Segundo ela, as quedas na defesa contra a covid-19 após a imunização completa começam a aparecer após o quinto mês da última aplicação, aumentando no mês seguinte. “Já temos dados suficientes de que mais uma dose de reforço aumenta muito essa resposta imune”, ressaltou a infectologista.

Ontem, o Campo Grande News mostrou que 80% das atuais mortes por covid ocorridas em agosto são de pessoas não vacinadas ou que foram há mais de seis meses.

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Recomendação publicada hoje pelo COE ressalta que “dados preliminares de ensaios clínicos com a vacina CoronaVac, houve a demonstração da amplificação da resposta imune após a terceira dose, elevando a patamares superiores ao observado quando da aplicação da segunda dose, tanto em adultos de 18 a 59 anos quanto acima de 60 anos”.

Dessa forma, a recomendação, usando dados de julho, citou que dos 678 pacientes que vieram a óbito, 56% eram maiores de 18 que receberam uma dose ou não foram imunizadas e 26% eram idosos com esquema vacinal completo. Salta aos olhos que “dos que morreram com esquema vacinal completo, 92% eram idosos”, diz o documento.

Por fim, a recomendação enfatiza a necessidade da terceira dose, além da busca ativa dos faltosos, ou seja, de quem não se vacinou e ainda garantir boa cobertura de esquema vacinal completo e revacinar os idosos, os imunossuprimidos e os profissionais de saúde, que, pela atuação, estão submetidos a cargas virais mais elevadas.

Segundo Croda, a princípio, não existe previsão ou plano para uma terceira dose na população em geral e fora dos públicos já citados.

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