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Cidades

Advogado pede liberdade provisória a acusado de intermediar morte de vereador

João Humberto e Fernanda França | 17/12/2010 22:25
 Advogado pede liberdade provisória a acusado de intermediar morte de vereador

O advogado José Roberto Rosa, que defende Valdemir Vançan e Ireneu Maciel, acusados de envolvimento no assassinato do vereador Carlos Antônio Carneiro, morto no dia 26 de outubro deste ano na Capital, informou ao Campo Grande News que deu entrada hoje, às 18h30, ao pedido de liberdade provisória para Valdemir, apontado pela polícia como intermediário do crime.

Segundo José Roberto, o pedido foi protocolado na 2ª Vara do Tribunal do Júri e deverá ser julgado, no máximo, em uma semana. Caso o juiz negue a liberdade provisória a Valdemir, o advogado entrará com pedido de hábeas corpus junto ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

José Roberto afirma que protocolou o pedido de liberdade provisória ao cliente, pois há ausência de requisitos para a prisão preventiva e também porque Valdemir é réu primário, possui bons antecedentes criminais e é acometido por problemas mentais e corre o risco de perder uma perna, que está gangrenada, desde o acidente sofrido por ele dois dias após o assassinato do vereador.

No dia 28 de outubro, Valdemir e Ireneu estavam numa viatura da Polícia Civil que trafegava pela avenida Ernesto Geisel, com a sirene ligada, quando, ao passar pelo cruzamento com a avenida Afonso Pena, bateu em um Siena e capotou.

Os dois foram encaminhados à Santa Casa, sendo que Ireneu acabou recebendo alta no dia seguinte. Valdemir, no entanto, ficou internado vários dias no hospital, pois passou por cirurgia neurológica e ortopédica.

Desde que o acidente aconteceu, Valdemir sente muitas dores na perna. O advogado dele pede a liberdade provisória para que o cliente possa fazer um tratamento adequado e não corra risco de perder o membro.

O terceiro acusado de participar no crime, Aparecido de Souza Fernandes, 34 anos, não estava na viatura que bateu. Os acusados iriam ser levados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde seriam apresentados à imprensa.

Crime - O vereador de Alcinópolis e filho do vice-prefeito e fundador da cidade, Carlos Antônio Costa Carneiro, foi morto enquanto se dirigia ao carro após sair do Hotel Vale Verde, na Afonso Pena.

Ireneu e Aparecido passaram de moto no local e balearam o vereador, acertando rosto, braço e tórax da vítima. Os dois homens presos confessaram que o crime foi intermediado por Valdemir, cunhado de Ireneu, e receberiam R$ 20 mil pelo assassinato.

Na terça-feira (14), um grupo de cerca de 60 pessoas, entre parentes e amigos do vereador de Alcinópolis, acompanham a primeira audiência sobre o caso no Fórum de Campo Grande.Todos foram ao local vestidos com camisetas brancas, com a foto de Carlos estampada e a palavra “saudade” gravada na parte de trás.

Oito pessoas prestaram depoimento em juízo como testemunhas de acusação em audiência acompanhada pelos três acusados. O juiz responsável pelo processo, Aluízio Pereira dos Santos, da 2 ª Vara do Tribunal do Júri, já marcou a audiência para ouvir as testemunhas de defesa e os acusados da execução. Será no dia 8 de fevereiro.

São nove testemunhas ao todo, mas só sete serão ouvidas em Campo Grande. Duas vão ser interrogadas em Ponta Porã, cidade de origem de Ireneu Maciel, o homem que atirou no prefeito.

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