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Cidades

Alvo de ações, agência penitenciária maneja orçamento de R$ 234 milhões

Aline dos Santos | 15/02/2017 11:51
Ageen foi alvo de ação do Gaeco em 27 de janeiro. (Foto: André Bittar)
Ageen foi alvo de ação do Gaeco em 27 de janeiro. (Foto: André Bittar)

Alvo de duas operações do Ministério Público em quatro dias e troca de comando, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) maneja um orçamento anual de R$ 234 milhões e é responsável por 15.310 presos. Os dados são de 2016.

O valor não inclui os gastos com educação e saúde dos presos, custeadas pelas respectivas secretarias. Entre os dias 23 e 27 de janeiro, o sistema penal foi investigado por duas ações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

A primeira, em 23 de janeiro, foi batizada de operação Xadrez e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento) e nove de prisão temporária em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande.

A ação foi resultado de uma investigação por tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, peculato e falsidade documental. Foram presos os diretores dos presídios de regime fechado e aberto.

No dia 27, o alvo foi a sede da Agepen, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. Com nome de Girve, em alusão a um curso sob suspeita, a ação apreendeu os celulares do presidente da agência e de diretores. Na residência de um deles, foi apreendido R$ 90 mil em dinheiro.

O Gaeco apura irregularidades durante a realização do Girve – Curso de treinamento para intervenção rápida, contenção, vigilância e escolta do sistema penitenciário. O curso foi realizado em abril de 2016. São investigados os crimes de peculato, falsidade documental e corrupção.

Dias depois, em 31 de janeiro, o juiz aposentado Ailton Stropa Garcia decidiu renunciar ao cargo de diretor-presidente da Agepen. Ele nega irregularidades e diz que a decisão de sair foi para que a investigação corra livremente. De forma interina, o cargo foi assumido pelo agente penitenciário Aud de Oliveira Chaves.

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