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Cidades

Após projeto-piloto, ações de comitê começam segunda em 17 cidades

Flávia Lima | 07/01/2016 11:34
Agentes de endemias iniciam projeto de combate a dengue elaborado pelo comitê estadual. (Foto:Divulgação)
Agentes de endemias iniciam projeto de combate a dengue elaborado pelo comitê estadual. (Foto:Divulgação)

O comitê estadual de combate a dengue, que será lançado oficialmente nesta quinta-feira (7), com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Castro, já definiu as 17 cidades onde as ações terão início, a partir desta segunda-feira (11).

Desde segunda-feira (4), o comitê vem implantando o projeto de combate de forma experimental em cinco municípios: Bataguassu, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Bonito e Maracaju, que foram selecionados devido a proximidade com a Capital, possibilitando o deslocamento rápido de técnicos, caso necessário.

De acordo com o coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lucio Rosa, durante a semana, as equipes avaliaram os pontos que necessitam ser corrigidos do projeto e já elegeram as cidades de Paranaíba, Terenos, Jaraguari, Jardim, Bandeirantes, Coxim, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Amambai, Rio Verde, Bela Vista, Juti, Porto Murtinho, Ladário e Taquarussu.

As cidades foram escolhidas devido a alta incidência de notificações em relação ao número de habitantes. Entre elas, Amambai apresenta o maior índice de casos suspeitos, totalizando 1.463.

A cidade, que tem 36.686 habitantes, ocupa a sétima posição no ranking de municípios com maior número de notificações, de acordo com o relatório divulgado pela secretaria estadual de Saúde, atualizado neste quarta-feira (6).

Já Taquarussu, com 3.570 habitantes, é a que apresenta o menor índice de notificações entre as 17 cidades, totalizando 16 casos suspeitos.

Mauro Lucio explica que as cidades serão divididas em grupos de cinco e que as ações serãoimplantandas gradativamente, até a próxima sexta-feira (15). Após a conclusão dos trabalhos nesses municípios, outro grupo, de pelo menos 20 cidades, será elaborado para receber o projeto de combate nas próximas semanas.

A Capital, que ocupa o 42º lugar no ranking estadual de incidência do mosquto, não será atendida nesse primeiro momento das atividades pelo comitê. Segundo Mauro Lucio, ainda há muitos dejetos e terrenos necessitando de limpeza na cidade, o que dificulta a ação dos agentes de saúde. "Eles não irão fazer limpeza de áreas no interior, apenas o controle mecânico. As ações desenvolvidas ém Campo Grande vem sendo suficientes até o momento", explica.

Ele acredita que em um mês todos os 79 municípios do Estado terão recebido as ações, que irá focar no trabalho dos 5,5 mil agentes comunitários e de endemias. A missão das equipes será realiar o trabalho mecânico, ou seja, visitar as residências e eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

Através dos tablets doados pela Receita Federal, os agentes irão anotar todos os problemas encontrados durante o desenvolvimento das ações. Os dados serão transmitidos para a central de monitoramento, instalada na secretaria de Saúde e os técnicos irão avaliar quais medidas tomar para resolver o problema.

No caso de moradores que não permitem o acesso dos agentes ou impeçam a retirada de utensílios considerados propícios a formação de criadouros do mosquito, o comitê irá encaminhar equipes específicas, com autoridade judicial para garantir a conclusão do trabalho do agente.

"O papel do agente será primordial. Antes da implantação desa tecnologia, as informações demoravam até uma semana para chegar até nós. Agora tudo será monitorado em tempo real", destaca Mauro Lucio.

O trabalho desses profissionais é considerado fundamental no desenvolvimento das ações, tanto que em entrevista na manhã dessa quinta-feira, o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, disse estudar o pagamento de gratificação aos agentes que mostrarem eficácia no trabalho.

Mauro Lucio explica que são as visitas bem executadas que garantem a eliminação dos focos, porém o fumacê não ficará em segundo plano, porém será utilizado apenas nos bairros onde houver grande concentração de notificações e nas áreas onde há casos suspeitos isolados, será aplicado inseticida através das bombas costais motorizadas.

"Em mais de 90% dos casos, o mosquito está dentro de casa. Apesar de o produto ter um componente que o obriga a sair do esconderijo, se o morador não deixar as janelas abertas, o veneno não surte efeito", explica. As ações do comitê contam com 160 bombas costais e 70 máquinas de fumacê.

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