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Capital

“Frieza extrema”, ressaltou delegada ao pedir prisão de assassina de idosa

Dirce Santoro Guimarães Lima, 79, teve a cabeça esmagada contra um meio-fio, conforme apurou a Polícia Civil

Anahi Zurutuza e Viviane Oliveira | 26/02/2019 14:52
Câmera de segurança flagrou momento que suspeita buscava idosa em casa, no sábado pela manhã (Foto: Reprodução)
Câmera de segurança flagrou momento que suspeita buscava idosa em casa, no sábado pela manhã (Foto: Reprodução)

“Demonstrou frieza extrema ao confessar tamanha barbaridade”. Estas foram as palavras digitadas pela delegada Crhistiane Grossi, da 7ª DP (Delegacia de Polícia), no auto de prisão em flagrante da Pâmela Ortiz de Carvalho, de 36 anos, que agrediu idosa até à morte. No mesmo documento, a responsável pela investigação pede a conversão do flagrante em prisão preventiva.

O corpo de Dirce Santoro Guimarães Lima, 79, foi encontrado na tarde desta segunda-feira (25) nos fundos de uma fábrica do Bairro Indubrasil -região oeste de Campo Grande- e coberto de lixo. O rosto estava completamente desfigurado, tanto que num primeiro momento nem foi possível saber se tratava-se um cadáver de homem ou mulher, consta nos registros da polícia.

Dirce teve a cabeça batida contra um meio-fio, também constatou a investigação. Próximo ao local onde o corpo estava escondido havia muito sangue e cabelos da vítima na guia.

“Os fatos são gravíssimos e de uma violência extrema contra uma pessoa que não possuía capacidade de se defender, uma senhora de idade avançada, franzina, baixinha”, também destacou a delegada no pedido de prisão por tempo indeterminado.

Pâmela Ortiz de Carvalho posa para foto postada em rede social (Foto: Arquivo pessoal)
Pâmela Ortiz de Carvalho posa para foto postada em rede social (Foto: Arquivo pessoal)

Presa – Por decisão do juiz Marcel Henry Batista de Arruda, durante audiência de custódia na manhã desta terça-feira (26), Pâmela continuará presa. Ele descartou a possibilidade de fiança e também não a liberou pelo fato de ser mãe de quatro filhos.

O magistrado citou a ficha de Pâmela, que tem crimes cometidos de 2014 a 2016. A mulher responde processos por ameaça, furto, peculato e estelionato.

Ela foi levada para o Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, na Capital, e vai responder por homicídio simples e ocultação de cadáver.

O crime e a confissão – Conforme apurou a Polícia Civil, Pâmela prestava serviço de “Táxi da Vovó” para a aposentada e a matou para não ter de quitar dívidas que fez no nome da idosa em duas lojas de Campo Grande. O valor passa de R$ 1 mil.

A vítima desapareceu no sábado (23) e todo o enredo foi descoberto nesta segunda-feira (25) quando vizinhas da idosa foram à 7ª DP (Delegacia de Polícia) para registrar o sumiço. Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina confessa também esteve na delegacia.

Christiane Grossi, delegada responsável pela investigação, em entrevista (Foto: Arquivo)
Christiane Grossi, delegada responsável pela investigação, em entrevista (Foto: Arquivo)

Segundo a delegada, Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce no sábado, dia do desparecimento. Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima.

Ainda conforme a investigação, as duas saíram juntas para tentar resolver os débitos que a mulher teria feito nos cartões de crédito da vítima. Elas se desentenderam, Pâmela agrediu Dirce até a morte e abandonou o corpo.

Pâmela alega que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la pelas compras usando indevidamente o nome de Dirce. Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio. Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia.

Além de prestar serviço como motorista de idosos, Pâmela se apresentava como policial.

A idosa era viúva, não tinha filhos e nem familiares em Campo Grande.

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