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Capital

3 meses depois, família pôde se despedir de professora carbonizada

Família não acredita em versão de que ela tenha se matado e ex-marido foi impedido de carregar caixão

Lucia Morel e Natália Olliver | 06/10/2022 15:25
Capela onde ocorreu o velório de Lucimar, na Vila Nasser. (Foto: Paulo Francis)
Capela onde ocorreu o velório de Lucimar, na Vila Nasser. (Foto: Paulo Francis)

No velório da professora Lucimar de Oliveira Mudo, que foi encontrada morta carbonizada em porta-malas de carro parado em estrada vicinal no dia 1º de julho deste ano, rixa familiar ficou evidente. A família não acredita em versão de que ela tenha se matado, por isso, o ex-marido da vítima foi impedido de carregar seu caixão nesta tarde.

A celebração de despedida ocorreu três meses e cinco dias após o corpo dela ser encontrado porque havia dificuldade para que os restos mortais fossem identificados e ela passou todo esse tempo no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). O sepultamento ocorre hoje.

Entretanto, enquanto o corpo chegava no local do velório, na Vila Nasser, Juliano Biafin Catelare, de 42 anos, ex-esposo de Lucimar, se levantou para ajudar no transporte, mas foi impedido por uma prima.

“Uma prima da Lucimar, não sei quem é, que me impediu. Me pediram pra levar o caixão e eu ia levar com maior carinho. Mas ela foi extremamente grossa e me empurrou, falando que ela é prima. Como se eu não fosse nada”, lamentou ao Campo Grande News, que acompanhava a celebração.

Para ele, a família o acusa sem razões, até porque o casamento se desfez em 2019, quando saiu o divórcio. “Chegou um ponto que não pude participar de 2 anos da vida das minhas filhas, elas não queriam ficar comigo”, contou, reforçando que ele foi ao velório a pedido da filha caçula, que mora com ele. A mais velha, de 14 anos, não quer vê-lo.

Irmão de Lucimar, Roberto de Oliveira Mudo, lamentava a morte da irmã e foi o único que falou com a reportagem. Sucinto, ele acredita na versão de que ela tenha se matado e comentou que a espera pelo laudo de identificação foi o mais pesado. “Eu prefiro ficar com a suspeita de suicídio, que é o que eu acho desde o princípio”, disse.

Sobre a saudade, Roberto comenta que “é muito difícil falar da minha irmã, não tem o que falar dela. O que fica é o abraço que dei nela uma semana antes”, recorda.

Investigação – com a identificação em mãos, a polícia continuará as investigações, que segundo o delegado Ricardo Meirelles Bernardinelli, ainda estão em andamento. “Nós já acreditávamos que era ela mesmo, mas o caso ainda não foi encerrado”, comentou. Disse ainda que não comentará linhas de investigação porque “envolve tanto a vítima quanto seus familiares”.

Ele informou ainda que acredita que dentro de até um mês possa encaminhar o inquérito encerrado ao Ministério Público, mas que ainda é preciso coletar mais evidências e provas.

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