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Capital

Advogado de Goiás vem para vigiar Júlio César e intervenção será votada dia 17

Filipe Prado | 28/02/2014 19:05
Por firmar contrato com Bernal, Júlio César será supervisionado por conselheiro de Goiás (Foto: Arquivo)
Por firmar contrato com Bernal, Júlio César será supervisionado por conselheiro de Goiás (Foto: Arquivo)

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) definiu o advogado que acompanhará a rotina da seccional de Mato Grosso do Sul pelas próximas semanas. A Diretoria designou o conselheiro federal Miguel Ângelo Sampaio Cançado, de Goiás, para o papel de “Observador”. A data de chegada continua indefinida.

No entanto, a expectativa é que Cançado esteja em Campo Grande logo depois do feriado de Carnaval, já que o pedido de intervenção na seccional será votado pelo pleno no dia 17 de março. Desta forma, o advogado terá tempo hábil para avaliar a postura do presidente Júlio César Rodrigues perante entidade, e remetê-la aos demais conselheiros federais.

O conselheiro federal e ex-presidente da OAB/MS, Carlos Marques, reforça que a diretoria da seccional foi clara ao pedir o afastamento de Júlio César, mas considera que a decisão de trazer um Observador antes de votar a solicitação não interfere na situação atual.

“Todos serão ouvidos. O presidente e também toda a diretoria e demais conselheiros, que vão reforçar o que já havia sido dito anteriormente: que ninguém mais o apóia e que não tem mais como sustentá-lo no cargo”, opina.

Isolado, Júlio César não tem apoio de toda diretoria, de dois dos três conselheiros federais da seccional, e o conselho seccional (23 de 32 conselheiros).

Crise - A crise na OAB/MS teve início em outubro do ano passado, depois que o presidente Júlio César firmou contrato para advogar em favor do município, enquanto o prefeito Alcides Bernal (PP) responde a processos éticos dentro da entidade, da época que era advogado. Na época, os conselheiros consideraram que o contrato poderia colocar em xeque a credibilidade da OAB/MS, e recomendaram o rompimento à Júlio César. O presidente negou (o rompimento aconteceu por determinação judicial), e teve início a crise interna que culminou no pedido de intervenção.

O ápice aconteceu no dia 21, quando a sessão do Conselho terminou em briga e agressões. O episódio evidenciou a necessidade de urgência na apreciação do pedido, reforçado pelos membros da Diretoria e acatado hoje pela OAB nacional.

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