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Capital

Advogado diz que Jeep estava com amigo quando atingiu ambulância e nega fuga

O dono do carro e o amigo foram ouvidos na manhã desta quarta-feira, na 3ª Delegacia de Campo Grande

Dayene Paz e Mariely Barros | 21/06/2023 12:06
Advogado diz que Jeep estava com amigo quando atingiu ambulância e nega fuga
O advogado Bruno Jussiani e o amigo, que conduzia o Jeep. (Foto: Marcos Maluf)

O advogado Bruno Jussiani, dono do veículo Jeep Compass, que tombou uma ambulância no domingo (18), em Campo Grande, foi ouvido pela polícia na manhã desta quarta-feira (21). O advogado alegou que o carro estava com um amigo, que não teve o nome divulgado, quando ocorreu o acidente na Rua Antônio Maria Coelho com a Via Park. Ele também nega que houve fuga do local. A colisão resultou em dois feridos, inclusive uma idosa que era transportada pela ambulância.

Naquele dia, o condutor do Jeep furou o sinal vermelho e colidiu na ambulância da SOS Unimed. Imagens de câmeras de segurança flagraram o acidente e mostram que o filho da idosa, Wilson Carlos de Godoy, seguia logo atrás. Ele presenciou a colisão, desceu e seguiu até o Jeep. Na sequência, foi até a ambulância. A idosa foi socorrida por outra ambulância.

O boletim de ocorrência, feito no domingo (18) na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, foi registrado como omissão de socorro e cita "afastar-se o condutor do veículo do local do acidente para fugir à responsabilidade penal que lhe possa ser atribuída". Em conversa com o Campo Grande News, na manhã de hoje (21), o filho da idosa contou se recordar que deixou o local antes de ver o condutor do Jeep saindo.

Na manhã do dia seguinte ao acidente, segunda-feira (19), a reportagem encontrou o Jeep destruído e, aparentemente, abandonado na Rua 7 de Setembro, no Jardim dos Estados. Na tarde do mesmo dia, o carro já não foi mais visto no local. Como havia a informação de fuga, o Campo Grande News divulgou imagens do veículo e procurou a Polícia Civil questionando sobre o paradeiro do Jeep, mas ficou sem respostas até a manhã de hoje, data em que a delegada da 3ª Delegacia de Campo Grande, Jennifer Estevam, falou sobre o caso.

Advogado diz que Jeep estava com amigo quando atingiu ambulância e nega fuga
Jeep com a frente destruída abandonado na Rua 7 de Setembro. (Foto: Henrique Kawaminami)

Versão - Segundo levantamentos feitos com ajuda de câmeras de segurança da região e a seguradora do Jeep, o veículo foi guinchado do local do acidente a pedido do condutor. Ele alegou que fez um acordo com pessoas que estavam na ambulância no dia da batida e, segundo a polícia, não há indícios de que estava alcoolizado.

Ouvido na delegacia nesta manhã, o advogado, dono do Jeep, Bruno Jussiani disse que o veículo foi emprestado ao amigo que não teve o nome divulgado e seguia acompanhado por outras duas pessoas naquela noite. No cruzamento, "ele reduziu para passar", afirmou a delegada. Contudo, houve a batida, que terminou com a ambulância tombada.

Na sequência, segundo a polícia, os próprios enfermeiros da ambulância perguntaram se os ocupantes do Jeep estavam bem. "Perguntaram se tinham se machucado e como estavam todos bem, o condutor do Jeep ficou cerca de 30 minutos e foi embora com um amigo", diz. Apesar de ter furado o sinal, a delegada explica que o condutor não tinha intenção de causar dano. Concluiu, então, que não houve fuga.

O condutor contou ainda para a delegada que acionou a seguradora e deixou o carro próximo à casa do dono para que fosse removido no dia seguinte. A delegada também informou que, se o condutor pagar os prejuízos da ambulância, não responde por dano. Agora, a polícia espera informações atualizadas sobre o estado de saúde da idosa, que passará por perícia. Se ficar comprovado que ela teve ferimentos em decorrência do acidente com o Jeep, o condutor pode responder por isso.

O filho da vítima informou que ela havia fraturado quatro costelas. Hoje, mais cedo, disse que a mãe deve receber alta até amanhã (22).

Além do advogado, foram ouvidos nesta manhã o condutor do Jeep e o filho da idosa ferida.

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