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Capital

Advogado preso por tráfico diz que fazia vaquinha para comprar droga

Flávia Lima e Luana Rodrigues | 17/06/2015 11:25
O advogado João Maria (esq.) está detido na Denar com Fabio da Silva. (Foto:Marcelo Calazans)
O advogado João Maria (esq.) está detido na Denar com Fabio da Silva. (Foto:Marcelo Calazans)

O advogado João Maria Ribeiro dos Santos, 60, foi preso nesta quarta-feira (17) acusado de tráfico de drogas. Em sua casa, localizada na rua Miguel Balta, no bairro Taquaral Bosque, os policias da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) encontraram 1,91 quilo de maconha. A polícia chegou à casa do advogado através de denúncia anônima que aponta João Maria como principal fornecedor de drogas de Fabio da Silva, 32 e de uma menor de 17 anos.

A dupla, que também foi presa, é acusada de comandar um ponto de drogas que funcionava em uma casa no Jardim Montevidéu. Para a polícia, Fabio alegou não ter qualquer relacionamento com o advogado e que estava na residência no momento do flagrante apenas por ser namorado da menor de 17 anos, que confessou a prática  do crime.

Na casa foram encontradas porções de maconha, pasta base, um prato e peneira e ferramentas utilizadas para embalar os entorpecentes. Também havia uma quantia de R$ 131,00 em dinheiro.

Já na casa do advogado João Maria, os policiais encontraram, além dos quase dois quilos de maconha, um revólver calibre 38, um colete à prova de balas de uso policial, munições para a arma encontrada e para pistolas 380 e 9 milímetros. Também foi encontrada uma televisão enrolada em cobertores.

O advogado se reservou o direito de falar apenas em juízo, mas para a equipe do Campo Grande News ele disse que a droga encontrada em sua casa era fruto de uma compra feita junto com um grupo de amigos. Ele contou que devido ao preço do quilo da maconha, que segundo ele varia entre R$ 200,00 e R$ 300,00, costuma reunir alguns colegas e fazer uma "vaquinha" para dividir o valor. Após a compra, a droga é divida em porções e distribuída entre o grupo.

Quanto ao revólver calibre 38, o advogado explicou que pertencia a um filho que morreu e sobre as munições para a pistola 380, ele ressaltou que tinha a intenção de comprar uma arma desse calibre, mas acabou desistindo. Sobre o colete, João Maria disse que havia comprado para dar ao segurança de uma conveniência da qual ele era proprietário.

O advogado ainda afirmou que não tem qualquer relacionamento com Fabio da Silva e a menor. O próprio advogado contou ao Campo Grande News que já foi preso por tráfico e que atua na profissão desde 1983, nas áreas cível e criminal.

Ele e Fabio estão detidos na Denar, já a menor foi levada para a DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) para posteriormente ser encaminha a uma Unei (Unidade Educacional de Internação).  

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