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Capital

Alunos treinavam sem supervisão em academias que foram fechadas, diz Conselho

Responsáveis técnicos pelas unidades foram notificados e responderão a processo ético

Por Cassia Modena e Ketlen Gomes | 29/09/2025 11:11
Alunos treinavam sem supervisão em academias que foram fechadas, diz Conselho
Marca do nome da academia na fachada do prédio da Avenida Mascarenhas de Moraes (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

O CREF/MS (Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso do Sul) informou nesta segunda-feira (29) que duas unidades da rede de academias Big Gym, fechadas em Campo Grande neste mês, foram notificadas enquanto ainda funcionavam porque os alunos treinavam sem a supervisão de um profissional de educação física.

RESUMO

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Duas unidades da rede de academias Big Gym em Campo Grande foram notificadas pelo Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso do Sul por permitirem que alunos treinassem sem supervisão profissional. Na primeira unidade, 12 pessoas foram flagradas sem acompanhamento, enquanto na segunda, 32 alunos treinavam irregularmente. As academias foram posteriormente fechadas em setembro, sendo uma interditada pelo Procon/MS após mais de 40 reclamações. Foram constatadas irregularidades como falta de alvarás e ausência de vistoria do Corpo de Bombeiros. As proprietárias alegam paralisação temporária para readequação estrutural e organizacional.

Segundo explica a entidade de classe, todos os estabelecimentos de atividade física devem possuir, além de um responsável técnico, ao menos um profissional de educação física formado e registrado no CREF para acompanhar os alunos durante todo o período em que o local estiver aberto. Essa é uma exigência legal que todos os locais onde há pessoas se exercitando precisam cumprir.

Na primeira unidade, foram flagradas 12 pessoas fazendo musculação sem o acompanhamento profissional. Após uma semana, a segunda unidade cometeu a mesma infração, dessa vez com 32 alunos presentes. Os responsáveis técnicos foram autuados por permitirem o funcionamento de forma irregular.

Alunos treinavam sem supervisão em academias que foram fechadas, diz Conselho
Unidade da Avenida Zahran foi a primeira a fechar (Foto: Raíssa Rojas/Arquivo)

As notificações geraram um processo ético no CREF/MS. Algumas das penalidades possíveis ao fim do julgamento do caso são advertência, suspensão ou até cassação do registro profissional do responsável técnico.

O CREF esclarece que não existe uma determinação sobre quantos profissionais devem supervisionar uma escala de alunos. "Cabe à população avaliar o atendimento ofertado pelo local, reforçando a exigência de ao menos um profissional registrado", orienta. Denúncias sobre outros estabelecimentos irregulares podem ser feitas pelo WhatsApp (67) 99987-8366 ou pelo site cref11.org.br.

Fechamento - A primeira unidade da Big Gym foi fechada repentinamente em 10 de setembro, sem que os alunos fossem avisados. Ela fica na Avenida Zahran.

Já a segunda unidade foi interditada em 24 de setembro pelo Procon/MS (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), que já havia recebido mais de 40 reclamações de alunos. Foram constatadas falta de alvarás, de vistoria do Corpo de Bombeiros e ausência de tabela de preços dos planos.

Alunos treinavam sem supervisão em academias que foram fechadas, diz Conselho
Porta de vidro fechada e luz acesa no dia em que a segunda unidade foi interditada (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

A maior parte das reclamações é de alunos que compraram o plano anual e ainda não receberam a devolução dos valores.

Responsáveis pela rede - O Campo Grande News tenta ouvir as responsáveis pela academia desde o fechamento da primeira unidade, mas ainda não teve sucesso.

Houve dois pronunciamentos no Instagram da Big Gym. Em um deles, a rede diz que "empreender no Brasil nunca foi simples" e esclarece que se trata de uma paralisação momentânea das atividades "para readequação de sua estrutura e organização de pessoal", justificada pelas dificuldades enfrentadas pelo empresariado e por "questões diversas".

No segundo, um vídeo publicado há cinco dias, as sócias Claudete Santana e Susan Rustiguel afirmam que nenhum funcionário nem aluno serão prejudicados e que as pendências serão sanadas "dentro das nossas possibilidades" e "compreendendo que a gente tem algumas limitações".

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