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Capital

Após boatos, João Amorim se defende para evitar prisão preventiva

Antonio Marques | 26/09/2015 11:25
O empresário João Amorim entrou com pedido no Tribunal de Justiça para não ser preso pelo Gaeco (Foto: Marcos Ermínio)
O empresário João Amorim entrou com pedido no Tribunal de Justiça para não ser preso pelo Gaeco (Foto: Marcos Ermínio)

Os advogados de defesa do empresário João Alberto Kramp Amorim dos Santos solicitaram, nessa sexta-feira, 25, ao desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, relator do processo da operação Coffee Break, que seja indeferido o pedido de decretação de prisão preventiva do cliente feito pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), conforme boatos que chegaram ao conhecimento de Amorim.

O pedido foi protocolado ontem pelo próprio desembargador Luiz Claudio Bonassini, que determinou o afastamento do presidente da Câmara Municipal da Capital, vereador Mário César, e o prefeito Gilmar Olarte (PP), no último dia 25 de agosto.

Os advogados alegam que chegou ao conhecimento de João Amorim boatos de que o Gaeco teria pedido a decretação da prisão preventiva dele e que tal requerimento estaria aguardando análise do desembargador.

A defesa considera “despropositado e desnecessário o pedido de decretação de prisão preventiva”, que teria sido formulado pelo Gaeco, e alega estar ausentes os requisitos que justificaria o que consideram “tal medida extrema”.

Para os advogados, João Amorim já teria prestado esclarecimentos ao Gaeco, no último dia 25 de agosto, quando foi levado por mandado de condução coercitiva, autorizado pelo magistrado, por conta da deflagração da Operação Coffee Break.

Na ocasião, descreve o pedido dos advogados, João Amorim teria deixado claro não ter participação ou qualquer influência no “esquema” de compras de vereadores para o fim de cassar o então prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP).

Além disso, a defesa de Amorim, justifica que, como aconteceu nos moldes da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, o cliente se colocou à disposição das autoridades responsáveis pelas apurações, o que demonstraria sua “boa fé para com o Poder Judiciário e o seu senso de colaborar com o rumo das investigações.”

Os advogados destacam também que no último dia 24, a sócia e secretária de Amorim, Elza Cristina Araújo dos Santos, prestou depoimento ao Gaeco, reforçando que os investigados estão disponíveis sempre que forem convocados para prestarem esclarecimentos.

Para a defesa, João Amorim destaca que “não há qualquer razão idônea” para tal pedido de prisão, uma vez que ele não representa qualquer risco que possa interferir no processo.

O Campo Grande News tentou ouvir um dos advogados de defesa de João Amorim, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, para obter mais detalhes sobre os boatos que teriam chego ao cliente, mas o celular deu mensagem de caixa postal.

No site do Tribunal de Justiço de Mato Grosso do Sul, consta que no dia de ontem foi apresentado uma petição ao processo, que está concluso ao relator. Porém, não consta qualquer decisão do magistrado sobre o pedidos da defesa de João Amorim.

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