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Capital

Após reconstituição, delegado afirma que tiro foi para matar militar

Luciana Brazil | 28/06/2012 18:42
Delegado explica que versão de autor "caiu por terra" (Foto:Rodrigo Pazinato)
Delegado explica que versão de autor "caiu por terra" (Foto:Rodrigo Pazinato)

Após a breve reconstituição do episódio que resultou na morte do militar Renato Dec Barbosa, 21 anos, o delegado responsável pelo caso, Walmir Moura Fé, da 6° Delegacia de Polícia, afirmou que a versão do autor, Ronaldo dos Santos, 39 anos, “caiu por terra”.

Com a simulação do que aconteceu no dia crime, Moura Fé ficou convencido de que os tiros não foram apenas para assustar, como o autor havia afirmado inicialmente. Duas testemunhas fizeram parte da reconstituição.

“Ficou bem claro, pela distância, que o tiro foi praticamente à queima roupa. Foi a menos de um metro da vítima”.

A reconstituição na tarde de hoje e segundo o delegado demorou cerca de 10 minutos. “Nem dá para dizer que é uma reconstituição. Quando é reconstituição, é mais formal e eu precisaria intimar os autores para cooperarem com o processo. Mas eu só contei com os esclarecimentos das vítimas. Foi uma constatação”, explicou Moura Fé.

“Quando a gente volta ao local é sempre para suprir alguns detalhes do crime. A gente tenta remontar a dinâmica do que aconteceu porque é diferente falar e mostrar no papel, do que mostrar ao vivo”.

Segundo Moura Fé, o autor já foi indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena pode variar de 12 a 30 anos. Porém, Ronaldo ainda responde por mais cinco tentativas de homicídio.

“Mesmo que outras vítimas não tenham sido atingidas ou que não tenham morrido, o crime é de tentativa de homicídio porque essas pessoas estavam na linha do tiro”.

O proprietário do bar, Euler Braga, 41 anos, contou que está assustado com o crime, já que seu bar é “tranquilo e calmo”. “Tenho esse bar há 15 anos, mas mesmo que alguns queiram dizer que é um local ruim, não é. É calmo e tranquilo”.

Homicídio: O crime aconteceu na noite de sábado (23), em um bar, no bairro São Conrado, em Campo Grande. A vítima era militar da Base Aérea e estava sentado em uma mesa com mais dois amigos quando o suspeito atirou.

Três pessoas foram baleadas, além do militar que levou um tiro no rosto e morreu na hora. Duas vítimas ficaram em estado grave e foram internadas na Santa Casa. Uma delas recebeu alta na tarde de hoje.

Os dois amigos de Renato, que foram internados, estavam na mesa com ele, o terceiro baleado estava com outro grupo no bar.

Moura Fé explicou que, de acordo com os testemunhos, Renato estava em uma mesa, próximo ao banheiro feminino. O autor, Ronaldo, estava em outra mesa com a esposa e um amigo, Kenny Mendes Durand, 34 anos, conhecido como Bugão, que também já foi indiciado pela co-autoria do crime. “Ele pilotou a moto e deu fuga para Ronaldo”.

“Ainda havia uma terceira mesa com quatro pessoas. A princípio a discussão teria sido por causa da mulher de Ronaldo. Quando ela passava para ir ao banheiro, Ronaldo disse que as pessoas da mesa de Renato e também da outra mesa mexiam com ela. Ele ficou bravo e foi embora. Quando voltou, chegou atirando”.

Mas segundo os depoimentos das vítimas, o militar não teria nenhum envolvimento com a briga, e ainda segundo as testemunhas, ninguém teria mexido com a mulher. “Eles disseram que a mulher nem fazia o tipo deles”, comentou o delegado.

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