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Capital

Assassino de Dudu tem nova negativa da Justiça e fica no regime fechado

A decisão relembra detalhes do crime contra Luiz Eduardo Martins Gonçalves, morto aos 10 anos

Aline dos Santos | 07/10/2019 08:46
Cido foi condenado a 26 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. (Foto: Arquivo)
Cido foi condenado a 26 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. (Foto: Arquivo)

Condenado a 26 anos de prisão pelo assassinato do menino Dudu, José Aparecido Bispo, 63 anos, vai seguir preso no regime fechado. Desde março de 2017, Cido, que é um preso de ótima conduta, tenta a progressão, ou seja, transferência para o semiaberto. Contudo, exames criminológicos sustentam as negativas para um regime mais brando.

No dia 26 de setembro, o juiz Alexandre Antunes da Silva, atuando em substituição legal na 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, indeferiu a progressão de regime e determinou  tratamento psicológico dentro do presídio. Desde já, o magistrado ordenou novo exame no prazo de um ano.

“Portanto, tendo em vista as conclusões da perícia, é forçoso reconhecer que assiste razão ao Ministério Público quanto à necessidade de se preservar o interesse público e a segurança pública, a fim de manter o sentenciado em regime fechado até que esteja apto ao retorno ao convívio social, proporcionando-lhe tratamento psicológico adequado”, afirma o juiz.

O mais recente exame criminológico, realizado no mês de agosto, apontou que o periciado não está apto ao cumprimento da pena em regime prisional mais brando. A Defensoria Pública, que faz a defesa de Cido, pediu a nulidade do laudo pericial, apontado excessiva subjetividade, além de destacar o bom comportamento carcerário.

A decisão relembra detalhes do crime contra o menino Luiz Eduardo Martins Gonçalves, que desapareceu em 22 de dezembro de 2007. Como a premeditação do assassinato, com a contratação de até menores de idade para auxiliar Cido, ex-padrasto do menino; a excessiva violência, com espancamento de uma criança de 10 anos até a sua morte; além de enterrar o corpo, desenterrar e atear fogo.

Como está preso desde 2009, a previsão inicial era de que a pena de Cido chegasse ao fim em 2035. Com as remições por dias trabalhados, o fim está previsto para 2033. Ele cumpre pena no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).

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