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Capital

Atraso, superlotação e falta de ônibus no caminho da universidade

Alan Diógenes | 12/03/2015 16:48
Usuário do transporte coletivo é obrigado a conviver com a superlotação em seu cotidiano. (Foto: Alcides Neto)
Usuário do transporte coletivo é obrigado a conviver com a superlotação em seu cotidiano. (Foto: Alcides Neto)
Estudante disse que falta de respeito é constante dentro dos ônibus. (Foto: Alcides Neto)
Estudante disse que falta de respeito é constante dentro dos ônibus. (Foto: Alcides Neto)

O ônibus que sai do Terminal General Osório e leva os estudantes a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) é considerado uns dos mais lotados pelos usuários no período noturno. Os veículos saem tão cheios, que não param para mais ninguém no percurso de até 40 minutos até a instituição, deixando no caminho idosos e cadeirantes, que precisam ir até a clínica médica ou moram na região.

A situação grave foi denunciada pelos usuários que utilizam os ônibus todos os dias. “Durante a noite o ônibus vem tão cheio que não está parando nem para pessoas idosos, com muletas as vezes que vem até aqui fazer tratamento. Não cabe ninguém por que além dos estudantes o ônibus traz os moradores”, explicou a estudante de Psicologia Elainey Caroliny Ramos, 18 anos.

Para o estudante Eduardo Gomes, 25, o problema maior não é a superlotação e sim o desrespeito que acontece dentro dos veículos. “Se você ver a quantidade de pessoas idosas que seguem viagem em pé. Pessoas jovens estão sentadas e não cedem lugar a quem precisa. Presencio isso todos os dias e já virou rotina. É uma tremenda falta de respeito”, destacou.

A estudante de Engenharia Civil Caroline Rodrigues, 19, se sente prejudicada quanto aos estudos, porque raramente consegue chegar no horário das aulas. “Como o ônibus sempre está cheio e não tem como entrar, muitas vezes acabei perdendo provas e trabalhos. Olha teve vezes que eu até parei na frente do ônibus para o motorista parar, parece brincadeira mas não é. A gente acaba perdendo o limite e paciência”, comentou. 

Elainey disse que ônibus não está parando nem para idosos e cadeirantes, devido a superlotação. (Foto: Alcides Neto)
Elainey disse que ônibus não está parando nem para idosos e cadeirantes, devido a superlotação. (Foto: Alcides Neto)
Amanda se sente prejudicada no estudos, por que já perdeu provas devido a demora do ônibus. (Foto: Alcides Neto)
Amanda se sente prejudicada no estudos, por que já perdeu provas devido a demora do ônibus. (Foto: Alcides Neto)

Amanda Costa Oliveira, 18, estudante de Direito passa por situação semelhante. “Tenho que fazer trabalhos a tarde e como trabalho o tempo é muito corrido, como dependo do ônibus que quase não existe neste período acabo tendo que vir à faculdade fazer as coisas em meia hora. Todo dia é mesma coisa, não dá mais para suportar”, mencionou.

Ian Felipe da Costa, 22, tem aulas aos sábados, dia em que a empresa do transporte coletivo retira alguns ônibus de circulação. “Fico mais de uma hora para pegar uma condução. Durante a semana é pior por conta da superlotação. Para mim deveria existir mais ônibus. A tarifa subiu, mas não existe conforto nenhum, você vai exprimido, apertado”, apontou.

O morador Wesley Santos, 27, é funcionário público e precisa pegar uma condução até o serviço na área central. Ele conta que demora cerca de 1h15 minutos para chegar ao destino, fora o tempo que leva para se preparar para ir ao trabalho. “Tem que ter mais veículos não tem outra maneira de arrumar isso. Eu saio aqui da UCDB e vou em pé até o centro, porque é impossível conseguir um assento. A gente acaba se acostumando com a rotina”, finalizou.

A assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus informou que o problema de superlotação no transporte coletivo é nacional, mas que o município deveria criar um plano diretor de transporte para resolver o problema. Segundo a empresa, se mais veículos forem colocados em circulação, o trânsito ficará mais caótico do que já é na Capital.

Sem ter onde ficar, passageiro segue viagem nos degraus apesar de aviso de segurança. (Foto: Alcides Neto)
Sem ter onde ficar, passageiro segue viagem nos degraus apesar de aviso de segurança. (Foto: Alcides Neto)
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