Centro vira programa de pais e filhos para compra de presentes
Se você ainda não comprou o Centro fica aberto até 17h e os shoppings abrem a partir das 12h
"Olha o que eu ganhei", era assim que Calebe, de 2 anos, mostrava o presente que recebeu do pai Edilson Espíndola, 33 anos, neste "Dia das Crianças". Sentados em um dos bancos da Rua 14 de Julho, pai e filho brincavam juntos aproveitando o feriado.
Como Edilson trabalha de vendedor, conta não ter tido tempo nem folga para comprar o presente, por isso levou o pequeno hoje ao Centro. "Criança fica na expectativa de ganhar algo nesse dia, né? É cultural. Como ele já acorda ansioso, a gente gosta de presentar para ver o filho feliz", afirma.
O Centro da cidade estava movimentado, cheio de famílias que não só deixaram para a última hora a compra do presente, mas preferiram também curtir o momento juntos. Na 14 de Julho, por exemplo, se via famílias inteiras aproveitando o passeio.
O resultado foi um aumento nas vendas, sentido pelos gerentes das lojas. Margiê Bernal, que está à frente da gerência do Giga na Avenida Afonso Pena, fala que a expectativa foi superada, mesmo no contexto da pandemia, porque ano passado as obras na 14 de Julho atrapalharam as vendas.
Notamos um crescimento de 7%, lembrando que no ano passado a reforma influenciou bastante, mas mesmo com a pandemia, as pessoas não deixaram de dar presentes", diz.
A loja tem opções populares como carrinho a partir de R$ 2,99, bola por R$ 3,99 e bonecas de R$ 9,99. E foi lá que a servidora pública Valéria Rezende Braga, de 35 anos, estava fazendo as compras.
Para a filha de 8 anos, Valéria escolheu uma bola e uma máscara de mergulho e para o sobrinho de 3 meses, uma bola. "Não está caro não, está tendo bastante promoção, tem coisas bem acessíveis de R$ 10,00 até os mais caros, e criança curte o presente do mesmo jeito", explicou. Ela conseguiu levar tudo e gastar menos de R$ 50,00.
"É o jeitinho brasileiro, de deixar tudo para a última hora", brinca. No entanto, a ida às compras só hoje tinha justificativa. "Eu estava corrida durante a semana e hoje minha mãe pode ficar com as crianças".
Gerente da loja Pirlimpimpim do Centro, Eduardo Ribeiro repete que as vendas aumentaram pelo menos 20%. "E intensificou muito nessa última semana", acrescenta. A média de gasto na loja tem sido de R$ 250,00.
Mas temos presente desde R$ 29,90, o que vendeu mesmo e acabou foram os jogos de tabuleiro, também está saindo bastante brinquedo esportivo, como bicicleta, patinete e patins", cita.
A pesquisa da Fecomércio e Sebrae previa movimentação de R$ 36,6 milhões na economia só na Capital com o Dia das Crianças. O mesmo levantamento também apontava a média de gasto de R$ 132,16 por presente.
Não comprou ainda - As grandes lojas de brinquedos dão a última chance hoje. Na rua, funcionam de 9h às 17h, e nos shoppings a partir das 12h.