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Capital

Com 2 condenações, “Pedreiro Assassino” enfrenta agora júri por morte de primo

O julgamento acontece desde as 8h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 22/02/2022 09:50
Pedreiro Assassino enfrenta o 3º julgamento nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami) 
Pedreiro Assassino enfrenta o 3º julgamento nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)

O pedreiro Cléber de Souza Carvalho, de 45 anos, enfrenta mais um julgamento nesta terça-feira (22), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. Desta vez, o assassino senta no banco dos réus, acusado de matar o primo, Flávio Pereira Cecé, 34 anos, a pauladas. O crime aconteceu em 2015, durante discussão causada pela medição de terreno, na Vila Planalto, que pertencia aos dois.

Em depoimento, o policial militar do Batalhão de Choque Flávio Andrade da Silva contou que estava de serviço no dia em que os restos mortais de Flávio foram localizados. “Havíamos capturado o Cléber, que vinha na condição de foragido por conta de outro homicídio. Após a captura, nós tínhamos feito contato com a Homicídios [Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio] e nos passaram que ele estava envolvido no desaparecimento de algumas pessoas. Nós passamos uma relação de nomes e perguntamos se ele tinha conhecimento dessas pessoas. Cada um que eu perguntava, ele falava como matou e onde estava enterrado”, contou.

Crânio de Flávio encontrado enterrado anos depois após o crime. (Foto: Henrique Kawaminami)
Crânio de Flávio encontrado enterrado anos depois após o crime. (Foto: Henrique Kawaminami)

A irmã de Cléber, Ivone Gonçalves Carvalho, também falou durante o julgamento na condição de testemunha de defesa. Conforme ela, Cléber sempre foi a melhor pessoa do mundo e parceiro. Já sobre Flávio, afirmou que o primo nunca foi boa pessoa e disse que a vítima havia estuprado a sobrinha de apenas 7 anos. “Flávio bebia muito. Usava droga. Era extremamente violento.”

Após ser morto a pauladas por Cléber, Flávio teve o corpo enterrado no terreno onde houve a discussão. Os restos mortais foram encontrados anos depois, após indicação do próprio assassino, que, ao todo, responde por sete homicídios.

Cleber está preso desde 15 de maio de 2020, quando confessou que matava as vítimas e enterrava os corpos. O primeiro caso a vir à tona foi o de José Leonel. A partir deste caso, o pedreiro confessou ter matado mais 6 pessoas e, inclusive, indicou o local onde elas estavam enterradas. Até agora, Cleber já foi condenado a 33 anos de prisão, sendo 15 anos no 1º júri pela morte de Roberto Geraldo Clariano, o “Cenoura”, e 18 anos no 2º júri pela morte de Timóteo Pontes Roman, 62 anos.

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