Com 53 obras da Saúde paradas, Prefeitura prioriza as 'quase prontas'
Gastos com depredação serão aos documentos de prestação de contas encaminhados para TCE e MPE
Com 53 obras da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) paradas desde 2012, a Prefeitura de Campo Grande está fazendo um levantamento com objetivo de concluir, prioritariamente, projetos que estão mais de 80% executados. De acordo com o responsável pela pasta, Marcelo Vilela, um 'start' foi dado para continuidade do serviço.
Entre os projetos está a construção, ampliação e revitalização de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família). No dia 22 de maio a Sesau inaugurou a UBSF do bairro Sírio Libanês e diminuiu a lista.
"Temos um mapa de 54 obras para fazer. Esta que inauguramos estava 95% pronta e conseguimos terminar. Agora ficaram 53. A gente startizou, temos reformas e ampliações. As reformas feitas até agora usaram recursos próprios, não estava dentro do projeto. Temos projetos aprovados entre 2010 e 2012", destacou Marcelo.
O secretário-adjunto de obras, Ariel Serra, explica que todas as reformas serão feitas, mas as ampliações e construções dependem de aval da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças Planejamento).
"Todas elas têm fonte de recursos uma parte via Governo Federal. A Secretaria de Finanças está fazendo uma lista prioritária para saber quais vão receber recurso de contrapartida. O problema nosso é dinheiro. A Prefeitura está passando por uma baixa de receita, um momento difícil com relação a economia. Estamos vendo a disponibilidade financeira", afirmou.
Na lista da Sesau constam oito unidades que deveriam ter sido construídas, mas apenas três tem mais de 80% de execução. As UBSFs dos bairros Jardim Presidente, Vila Cox e Conjunto Azaleia. Todas estão aguardando liberação de contrapartida do tesouro municipal.
Para a retomada das obras Ariel tem outra preocupação. Segundo ele, paradas há muito tempo, os canteiros foram alvo de vândalos. "Largou sem ter o minimo de cuidado, muitas foram depredadas. A Prefeitura vai ter que refazer o serviço, mas alguém será responsabilizado. É delapidação do patrimônio por inercia do agente público, dos dois gestores que passaram entre 2012 e 2016".
O adjunto relatou que os gastos com depredação serão aos documentos de prestação de contas encaminhados para TCE (Tribunal de Contas do Estado) e MPE (Ministério Público do Estado). "Vamos relatar dinheiro que foi investido para recuperar o que foi deteriorado. Provavelmente os órgãos de controle vão cobrar os antigos gestores, um procedimento de praxe. A fiscalização é permanente", declarou.