Com menos flagrantes, toque de recolher às 22h deve ser mantido
Medidas vão ser discutidas em reunião hoje à tarde e secretário municipal de Segurança diz que tendência é manter horário

A manutenção das medidas restritivas sanitárias contra a covid-19 volta a ser discutida hoje à tarde, às 14h, em reunião entre Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e prefeitura de Campo Grande. O secretário Municipal de Segurança e Defesa Pessoal, Valério Azambuja, disse que a tendência é que seja mantido o toque de recolher das 22h às 5h.
“Os números melhoraram”, disse Azambuja, referindo-se às fiscalizações em cumprimento ao toque de recolher. No comparativo com o final de semana dos dias 15 e 16 de agosto, quando a Guarda Municipal contabilizou 5 estabelecimentos comerciais interditados e 31 denúncias de festas clandestinas, os índices foram para 3 interdições e 6 denúncias de aglomerações em casas no sábado (22) e domingo (23).
No final de semana anterior, quando havia a “lei seca” em vigor, 433 pessoas foram abordadas em descumprimento ao toque de recolher. Na fiscalização mais recente, 283 pessoas. Na Santa Casa, segundo dados da assessoria do hospital, foram internados 118 pacientes por traumas e outras acidentes, de 14 a 16 de agosto (sexta a domingo). Na semana anterior, foram 154 internados.
Azambuja diz que a reabertura de bares e a volta da comercialização de bebidas alcoólicas reduziu o número de festas clandestinas. Os responsáveis por essas aglomerações escapam com quase sem nenhuma penalidade, ao contrário dos donos dos estabelecimentos. “Não tem como autuar, cassar alvará, a equipe dispersa o pessoal e o responsável assina TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e na semana seguinte faz de novo”.
Um exemplo de punição foi o dono de casa noturno na avenida Ernesto Geisel, interditada pela Vigilância Sanitária, após ser flagrada por duas noites seguidas em desrespeito ao distanciamento social.
O secretário reconhece, também, a influência da forte onda de frio da última semana, que manteve mais gente em casa. “Mas não dá para contar com frio, vamos manter a fiscalização”.
Azambuja avalia que o decreto que alterou o toque de recolher será mantido até 31 de agosto, como já estava previsto, e com tendência de ser estendido até setembro.