Concessionária mobiliza 700 equipes para dar conta de problemas de energia
Com ventos acima de 100 km/h, Energisa trabalha em regime de contingência e monitora rede em tempo real

A concessionária Energisa mobiliza 700 equipes nesta quarta-feira (5), em Campo Grande, para restabelecer o fornecimento de energia interrompido por causa do temporal que derrubou árvores e postes em várias regiões da cidade. A operação, conforme apurado pela reportagem, foi iniciada por volta das 11h, quando a chuva forte atingiu a Capital com ventos acima de 100 km/h.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A concessionária Energisa mobilizou 700 equipes em Campo Grande para restabelecer o fornecimento de energia após temporal que atingiu a cidade com ventos superiores a 100 km/h. O plano de contingência quadruplicou o número de profissionais em campo, atendendo mais de 3 mil chamados de emergência nas primeiras horas. A tempestade afetou cerca de 10% da área de concessão da empresa em Mato Grosso do Sul, com danos causados por queda de árvores e objetos. A Capital segue em alerta laranja, com previsão de novas tempestades nas próximas 48 horas, enquanto equipes municipais trabalham na remoção de árvores e limpeza das vias.
Segundo a empresa, um plano de contingência foi acionado para ampliar o efetivo e acelerar os reparos diante do volume de ocorrências.
- Leia Também
- Comerciantes improvisam com papel e caneta após segundo apagão da semana
- Desde as 11h sem energia, comerciantes temem prejuízos no Rita Vieira
De acordo com o coordenador de Construção e Manutenção, João Ricardo Costa Nascimento, a empresa já havia colocado o plano em prática desde o fim de semana, por causa dos alertas de instabilidade climática. A medida quadruplicou o número de profissionais em campo. “Conseguimos aumentar o efetivo em quatro vezes e colocar imediatamente as equipes para dar respostas rápidas ao cliente”, afirma.

O temporal impactou cerca de 10% da área de concessão da empresa em Mato Grosso do Sul. Segundo João Ricardo, a rede elétrica foi danificada pela queda de árvores, galhos e objetos lançados pelos ventos. Em todo o Estado, foram mais de 3 mil chamados de emergência nas primeiras horas da tarde. “Foi uma situação atípica, com ventos muito fortes e mais de um milhão de descargas atmosféricas entre nuvem-solo e intranuvem”, explica.
A reportagem foi até a sala de contingência da Energisa, onde equipes monitoram em tempo real a evolução da chuva, a intensidade dos ventos e o andamento dos reparos. O sistema automatizado permite manobras à distância para restabelecer parte do fornecimento de forma imediata. “Conseguimos visualizar todo o Estado, por câmeras e imagens de satélite, o que nos ajuda a acionar rapidamente nossos planos de resposta”, destaca.
A estrutura de emergência conta com profissionais de diversas áreas, como engenharia, comercial, jurídica e recursos humanos, todos treinados para atuar em momentos de crise. Cada colaborador passa por mais de 400 horas de capacitação para atuar em campo com segurança. “Não é qualquer pessoa que pode lidar com rede elétrica. Todo o trabalho segue regras operacionais rigorosas para garantir a segurança do sistema e dos eletricistas”, ressalta João Ricardo.
Assim como o Corpo de Bombeiros em um acidente, nossos eletricistas entram em campo em condições de risco, mas com preparo técnico e protocolos de segurança. As equipes utilizam equipamentos de proteção, motosserras e roupas anticorte para realizar os reparos de forma rápida e segura", completa o coordenador.
Durante o pico de trabalho, todos os veículos da concessionária foram direcionados aos bairros mais afetados, como parte de uma operação contínua. “A gente dá uma volta no mundo por dia, somando todos os deslocamentos das equipes. O trabalho é ininterrupto, 24 horas por dia, até normalizar todo o fornecimento”, disse João.
Segundo a empresa, parte das áreas centrais da cidade foi recomposta nas primeiras duas horas após o temporal. Os técnicos agora atuam em ramais menores que atendem pequenos grupos de ruas ainda sem energia. A meta é reduzir gradualmente o número de ocorrências e restabelecer completamente o sistema nas próximas horas.
Alerta laranja - A Capital segue com alerta de mudança climática após o temporal que atingiu a cidade na tarde desta quarta, com ventos de até 88,9 km/h e volume de 27,5 milímetros de chuva em apenas 25 minutos, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul).
A prefeitura lembra que o aviso meteorológico indica risco de novas tempestades nas próximas 48 horas e garante que mantém equipes em força-tarefa para conter os danos causados pela chuva.
Servidores da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), da Defesa Civil, da Emha (Agência Municipal de Habitação), da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e de outros órgãos municipais atuam desde o início da tarde na remoção de árvores caídas, limpeza de vias e suporte a famílias em áreas de vulnerabilidade social.
Mas como são muitos os problemas, a previsão é de que o trabalho continue ao longo desta quinta-feira (6), até que todas as ocorrências sejam atendidas. A Central 156 recebeu cerca de 40 chamados relacionados à queda de árvores, e o coordenador da Defesa Civil, Enéas Carvalho Netto, informou que o número de ocorrências vem crescendo desde o fim de semana. “De domingo até hoje, já registramos mais de 50 chamados apenas pela Defesa Civil”, afirma.

Confira a galeria de imagens:
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.













