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Capital

Conselho avalia se dono de academia feriu código de ética com placa

Amanda Bogo | 17/07/2017 17:20
Publicidade foi considerada gordofóbica, e academia autuada pelo Procon/MS (Foto: Marcos Ermínio)
Publicidade foi considerada gordofóbica, e academia autuada pelo Procon/MS (Foto: Marcos Ermínio)

O CREF/MS (Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso do Sul) da 11ª região emitiu nota na tarde desta segunda-feira (17) informando que irá analisar se a academia que utilizou uma propaganda considerada preconceituosa feriu o código de ética da categoria. A publicidade foi instalada em uma praça localizada em frente ao comércio, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

Segundo o texto, a instituição solicitará um relatório referente ao caso ao Procon/MS (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) com o intuito de analisar se houve irregularidade no anúncio, uma vez que o Código de Ética da profissão determina, no art. 4º do Capítulo II, que os profissionais devem seguir princípios como "a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza".

O conselho termina a nota declarando que caso a irregularidade seja constatada, o caso será encaminhado à Comissão de Ética, que irá avaliar a infração.

"Atentado a dignidade humana" - Ao Campo Grande News, o superintendente do Procon/MS, Marcelo Salomão, ressaltou que a publicidade usada pela academia não pode ser tratada como brincadeira, já que seu teor fere o artigo 37 do Código do Consumidor.

“ O Procon não entende como brincadeira porque é uma propaganda e foi vinculada em uma via pública, usando estratégia de marketing. Ela atenta contra a dignidade humana”, destacou.

Conforme Salomão, a denúncia contra o anúncio foi feita de forma anônima na semana passada pelo site do órgão, na plataforma “Fale Conosco”. A fiscalização ocorreu na terça-feira (11) e o responsável pelo anúncio foi autuado na mesma data.

“Um processo administrativo foi gerado para que o responsável possa apresentar suas alegações, para então ver se caberá multa”. Neste caso, o valor cobrado pode chegar a aproximadamente R$ 3,5 mil.

O superintendente destaca que as queixas em casos de publicidade preconceituosa são poucas em Mato Grosso do Sul. Quem se sentir incomodado com algum anúncio deve entrar em contato com o Procon por meio do telefone 151, site ou na própria sede do órgão, localizada na rua 13 de junho, 930, no centro de Campo Grande.

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