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Capital

Contra toque de recolher, produtores de eventos vão à prefeitura fazer pressão

Cerca de 50 pessoas aguardam em frente à prefeitura enquanto Marquinhos Trad atende representantes do setor

Ana Oshiro e Clayton Neves | 07/12/2020 10:43

Vestidos de preto, com faixas e cartazes contra o toque de recolher, cerca de 50 profissionais que realizam festas, eventos, funcionários bares e restaurantes estão reunidos em frente à prefeitura de Campo Grande, protestando contra as medidas restritivas que começaram a valer hoje (7).

Uma das reivindicações dos manifestantes é que o início do toque de recolher volte para à meia noite.

O prefeito Marquinhos Trad desceu para atender o grupo e convidou cinco representantes para conversarem no gabinete. Minutos depois, a reunião parou para aguardar a chegada de um representante do Ministério Público Estadual, a pedido de Marquinhos Trad, que ainda não falou sobre o assunto aos jornalistas.

Boletim atualizado desta segunda-feira traz mais quatro mortes por covid em Campo Grande. No total, são 810 óbitos desde o início da pandemia.

Manifestantes pedem afrouxamento das medidas restritivas, adotadas no combate ao coronavírus(Foto: Clayton Neves)
Manifestantes pedem afrouxamento das medidas restritivas, adotadas no combate ao coronavírus(Foto: Clayton Neves)

Elma Kátia dos Reis, representante dos profissionais de festas e eventos, diz que a categoria também quer aumento da capacidade de lotação para 50%, ou seja, 10% a mais que o permitido pelo decreto publicado na última sexta (4).

"Por uma questão de custo, não é viável abrir o estabelecimento para atender só 40% da capacidade, por isso estamos pleiteando esse aumento com o prefeito. Ele também prometeu, durante essa primeira parte da reunião, que vai fazer uma caçada às festas clandestinas, e nós nos comprometemos a colaborar com denúncias. Não podemos pagar o preço por causa de quem não cumpre as regras", disse Elma.

O protesto começou por volta das 8h, em frente à Praça Belmar Fidalgo, os profissionais foram a pé para a prefeitura, pela rua 25 de dezembro, de acordo com informações, chegaram a bloquear uma pista da avenida Afonso Pena.

Produtor de eventos, Caio Monteiro de Lima disse que o comércio noturno foi severamente impactado pelo último decreto publicado. Ele afirma que as medidas adotadas não funcionam, já que, segundo ele, as pessoas se contaminam no dia a dia, utilizando transporte público e se reunindo em casa, com amigos e familiares.

Para Raíza Paniago, dona de restaurante, o novo decreto dificulta muito o funcionamento dos estabelecimentos. "Estou com faturamento negativo desde abril, tive que demitir meus cinco funcionários e tocar o negócio só eu e meu sócio. É preciso mais fiscalização e menos restrição", diz a empresária, que chegou a ficar um mês sem abrir o restaurante, por não ter condições financeiras.

Com duas filhas autistas e vivendo com a renda dos eventos, Suellen Spadatio, cerimonialista, também é contra as medidas adotadas. "Gastamos investindo no plano de biossegurança, para atender às regras impostas, agora que estávamos começando a nos reerguer, vieram essas novas medidas restritivas. Tive que pegar empréstimo, usar todas minhas economias, pra conseguir sobreviver nesses sete meses", disse Suellen.

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