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Capital

Debaixo de sol, Garis reclamam que são obrigados a cumprir horário na Solurb

Flávia Lima e Luana Rodrigues | 21/10/2015 09:41
Funcionários reunidos na manhã desta quarta-feira na garagem da empresa. (Foto:Marcos Ermínio)
Funcionários reunidos na manhã desta quarta-feira na garagem da empresa. (Foto:Marcos Ermínio)

Funcionários que trabalham no setor de coleta de lixo da Solurb, reclamam que estão sendo obrigados a permanecer dentro da empresa para cumprir a jornada de trabalho. Os garis que atuam no período matutino, por exemplo, relataram ao Campo Grande News que precisam ficar até às 11 horas para registrar o ponto de saída, mesmo sem ter serviço para executar.

De acordo com funcionários que preferiram não se identificar, como a empresa está com o fornecimento de luz cortado, os garis ficam durante todo o período sem água gelada, o que dificulta a permanência na garagem devido ao forte calor. Também não há uma sala para a categoria esperar o fim do turno.

Ainda segundo um dos coletores, existe um padrão de energia ainda operando, porém a luz é utilizada apenas pelo pessoal administrativo e chefias.

Um dos trabalhadores ouvidos pela reportagem revela que pensa em pedir demissão devido a instabilidade da empresa. “Com todos esses problemas estou pensando em sair”, diz.

Eles também ressaltaram que desde o início da suspensão dos serviços, que acontece pela terceira vez em um mês, nenhum responsável deu qualquer tipo de informação aos coletores. “O que ficamos sabendo é só através da imprensa”, afirma um gari.

A Solurb rebate as reclamações e afirma que nenhum gari é obrigado a ficar na garagem, aguardando para registrar a saída. Apenas a entrada precisa ser registrada para efeito de pagamento do salário, porém os funcionários são autorizados a retornar para casa na sequência.

O consórcio CG Solurb também interrompeu a coleta do lixo hospitalar. A coleta do lixo domiciliar estava reduzida desde quinta-feira passada e foi totalmente suspensa na segunda-feira. A produção diária do lixo doméstico é de 800 toneladas na Capital.

Conforme a empresa, há dois caminhos para a normalização dos serviços. O primeiro é que a prefeitura pague parte da dívida em atraso, que é de R$ 25 milhões e a segunda hipótese é que a Justiça libere valores bloqueados do município referente a repasses de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Já são R$ 4 milhões bloqueados.

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