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Capital

Defensoria acompanha alta de casos em Campo Grande, mas descarta pedir lockdown

Defensor público-geral, Fábio Silva diz que, apesar da alta de infecções, número de internações está em ritmo mais lento

Silvia Frias | 19/11/2020 16:52
Reunião no dia 11 de agosto que descartou lockdown em Campo Grande (Foto/Arquivo: Defensoria Pública)
Reunião no dia 11 de agosto que descartou lockdown em Campo Grande (Foto/Arquivo: Defensoria Pública)

O retorno do crescimento de casos de covid-19 é observado de perto pela Defensoria Pública em Campo Grande, mas, por enquanto, não há previsão de qualquer medida judicial, a exemplo do que aconteceu em agosto, quando foi pedido lockdown.

“A situação era diferente, chegou a ficar no grau extremo, mas, agora, estamos numa outra situação”, avaliou o defensor público-geral, Fábio Rogério Rombi da Silva.

A avaliação do defensor está baseada no mapa do Programa Prosseguir, que mantém Campo Grande na bandeira laranja, que representa grau médio, que recomenda atividades essenciais e não essenciais de baixo e médio risco.

Nesta lista, podem funcionar várias atividades, como feiras livres, shoppings, comércios atacadistas e varejistas, atividades religiosas, bares e indústrias, por exemplo.

Fábio Silva também cita que, apesar do aumento do número de infecções, as internações ainda estão abaixo do ritmo observado em agosto, quando entrou com ação pedindo que a prefeitura de Campo Grande tomasse medidas mais restritivas.

Como exemplo, o dia 2 de agosto, quando a ação foi protocolada, Campo Grande tinha 26.003 casos de infectados por covid-19, sendo 264 somente nas últimas 24h daquele período.

Somente em Campo Grande, eram 10.351 contaminados pela doença, 89 nas últimas 24h. Das 15 mortes no Estado, 4 foram na capital. O número de internações no Estado, naquele dia de agosto era de 464, sendo 270 em leitos clínicos e 201 em UTIs.

O boletim divulgado ontem (18) pelo governo do Estado, indica índice de infecção mais acelerado, com 689 casos nas últimas 24h, sendo 438 novos registros de infecções somente em Campo Grande. Porém, foram contabilizadas 257 internações em MS, sendo 146 em leitos clínicos e 111 em leitos de UTI.

Porém, hoje (19), foram 575 infectados nas últimas 24h no Estado, que totalizou 90.229 casos. Em Campo Grande, foram 40.370 casos, 325 nas última 24h.

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O defensor acredita que o descompasso número de contaminados e de internações se deve ao crescimento de casos nas faixas etárias mais jovens, em sua maioria, menos suscetíveis aos efeitos da doença e que exigem monitoramento domiciliar.

Na comparação dos boletins de 2 de agosto e de hoje, é possível ver queda no número de idosos infectados, porém, com pequena variação. A predominância dos casos é da faixa etária dos 30-39 anos e houve crescimento dos casos entre crianças.

O defensor acredita que, caso recorra a alguma medida judicial, não seria necessariamente lockdown. Para ele, a reativação de leitos poderia ser suficiente, já que a estrutura foi viabilizada anteriormente.

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