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Capital

Delegacia da mulher passará a funcionar 24h a partir desta terça-feira

Alan Diógenes | 02/02/2015 18:48
Delegados disseram que Casa da Mulher Brasileira irá desafogar demanda das delegacias na Capital. (Foto: Marcelo Calazans)
Delegados disseram que Casa da Mulher Brasileira irá desafogar demanda das delegacias na Capital. (Foto: Marcelo Calazans)

Após a inauguração da Casa da Mulher Brasileira, localizada no Jardim Imá, na manhã desta terça-feira, a 1ªDeam (Primeira Delegacia de Atendimento Especializado a Mulher) já vai dar início aos trabalhos para registrar e julgar os casos de violência doméstica. A expectativa das cinco delegadas que farão parte da equipe administrativa da delegacia é que o número de atendimentos que hoje é 70 por dia, suba para 250.

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Roberval Maurício Cardoso Rodrigues, a proposta é que as duas delegacias, tanto a Deam que hoje funciona na Rua Sete de Setembro, como a que irá funcionar na Casa da Mulher Brasileira trabalhem em conjunto. “O atendimento será o mesmo na Deam que já existe. Os boletins de ocorrência poderão ser feitos em ambas. Sem falar que as vítimas também podem procurar as duas Depacs (Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário)”, explicou.

Segundo o delegado para atender as vítimas na Casa da Mulher Brasileira, foi preciso fazer um remanejamento no quadro de servidores tanto daqui da Capital como os que atuam nas cidades do interior. Ao todo, 40 servidores passaram por uma capacitação para atender as vítimas de violência doméstica. “Nos últimos 30 dias nós estávamos montando as equipes para pode atuar na Casa da Mulher Brasileira”, comentou.

Somente no ano passado, foram registrados 5.966 casos de violência doméstica em todo o Estado. Ao todo, 40% dos crimes cometidos envolvem violência contra a mulher. Por isso que a Capital foi escolhida para receber a Casa da Mulher Brasileira. “A Deam da cidade foi criada há 28 anos e é referência nacional em atender casos de violência contra a mulher. Temos 13 delegacias especializadas neste crime em todo o Estado”, apontou a delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota.

Já a delegada Marília De Brito Martins disse que um lugar específico para atender este tipo de crime era uma cobrança antiga da população campo-grandense. “Tendo uma lugar específico para este tipo de atendimento, as vítimas se sentirão encorajadas a denunciar os agressores. Sem falar que vai desafogar a demanda nas Depacs que atendem todos os tipos de ocorrências.

A Casa da Mulher Brasileira vai ter estrutura para fazer todo o acompanhamento dos casos. Os usuários poderão contar com defensoria pública e assistência psicossocial. No local também haverá celas para deter os agressores e posteriormente transferi-los para o presídio. “As mulheres serão abrigadas na casa até fazermos o encaminhamento para a Casa Abrigo ou para a casa de parentes”, afirmou Marília.

A Casa da Mulher Brasileira foi criada em parceria entre Estado, União e Governo Federal. Existem projetos para a construção de mais unidades em todas a capitais brasileiras. Hoje 2.263 mulheres fazem parte do efetivo da Polícia Civil, o que motivou ainda mais a criação da Casa da Mulher Brasileira no Estado.

Superlotação - Questionado se existe um projeto para evitar que os agressores fiquem detidos nas celas superlotadas das delegacias de polícia, ao invés de serem encaminhados para o presídio, o delegado geral da Polícia Civil falou que sim. "Estamos apenas 20 dias de nova administração, estamos em diálogo com o Estado para saber o que pode ser  feito para resolver este problema.

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