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Capital

Delegado-geral alega que preparo evitou desfecho pior em perseguição

Chefe da Policia Civil afirmou que abordagem foi “padrão” e motorista tentou jogar carro para cima dele

Jhefferson Gamarra | 17/02/2022 13:22
Delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo. (Henrique Kawaminami/Arquivo))
Delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo. (Henrique Kawaminami/Arquivo))

Em entrevista ao Campo Grande News, na tarde desta quinta-feira (17), o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo, deu sua versão sobre a perseguição ocorrida na noite de ontem (16), que terminou com três disparos nos pneus de um veículo Renault Kwid conduzido por uma jovem.

Segundo o titular da polícia, a condutora do veículo estava realizando manobras perigosas pelas ruas, colocando em risco a vida de outras pessoas e que o acompanhamento foi realizado de forma “padrão” e os disparos foram efetuados de forma consciente, de fora da viatura, direcionadas aos pneus do veículo, após a jovem desrespeitar a ordem de parada e jogar o carro para cima dele.

“A infelicidade dela é que se tratava de um policial em serviço, com veículo descaracterizado, que é essencial para o trabalho da polícia, por causar um efeito surpresa. Fiz o meu dever como policial, se não tivesse feito teria prevaricado, pois ali tinha um potencial risco. Tive minha integridade colocada em risco, ela jogou o veículo pra cima de mim. Se fosse uma pessoa despreparada poderia ter um final trágico”, conta o delegado, reforçando que possui quase 30 anos dedicados a segurança pública.

De acordo com a versão apresentada pelo delegado, os disparos ocorreram em dois momentos distintos, no primeiro, o delegado alcançou o veículo da jovem, se apresentou como autoridade e pediu para que ela saísse do veículo, porém a ordem foi desrespeitada, ela engatou a ré, tentou o atropelar e deu início a uma nova perseguição.

“Fiz o acompanhamento tático com a sirene ligada, era impossível ela não perceber que era uma viatura, consegui alcança-la e entrei na frente do veículo com cuidado, dei o comando de voz, com arma em punho, na posição correta, avisei que era policial, tentei abrir a porta e estava trancada, pedi para ela abrir e desligar o veículo, ela deu ré jogou pra cima de mim, acertei dois pneus e entrei no carro novamente. Não estava como Rambo, foi tudo muito técnico e não dirigi atirando, os disparos foram feitos parados, de fora do carro”, garante Adriano.

Diante da nova fuga da motorista, o delegado teria realizado mais um disparo em outro pneu, quando alcançou novamente o veículo na altura da Rua Euclides da Cunha com a Rua Paulo Coelho Machado.  “Continuei o acompanhamento tático e liguei no Ciops para registrar, ele ela só parou quando não consegui mais andar e estacionou em frente a uma escola de inglês. Ela permaneceu no carro por mais 30 minutos, com veículo ligado, em todo momento ela filmava tudo com celular e não respeitava as ordens dos policiais. Não sabia se era algum traficante, bandido, ou que tinha alguém no porta-malas, por isso,  sempre atirei nos pneus”, alegou o delegado.

O delegado-geral alertou ainda que os treinamentos são para zelar a vida e a integridade policial e das pessoas no entorno. Além disso, Adriano adiantou que já foi ouvido, realizou teste de bafômetro e todos os outros procedimentos necessários por estar na condução de um veículo. E que os laudos dos peritos confirmarão a versão apresentada por ele.

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