Delegado vai ouvir nove vítimas dos presos que tentaram fugir da Máxima
Inquérito de tentativa de fuga frustrada deve ser encerrado até dia 11
O delegado titular do 3ºDP, Dimitri Erik Palermo, enviou um ofício na tarde de hoje à Agepen solicitando que os nove reféns feitos por Carlos Henrique da Silva, 31, e Aldilson Pereira durante uma tentativa de fuga frustrada na última segunda-feira (2) compareçam à delegacia. O delegado quer ouvir as testemunhas para saber o que aconteceu durante o período que elas ficaram trancadas dentro do pavilhão 4 (ala da saúde).
O delegado acredita que ouvirá todas as vítimas até o começo da semana que vem. A mulher de Carlos Henrique também será ouvida. “O depoimento é mais para saber o que eles viram e se houve disparo da arma de fogo utilizada pelo Carlos”, diz.
Quanto à arma que estava com o preso dentro do Presídio de Segurança Máxima, o delegado acredita que ela não tenha entrado desmontada. ”É mais inviável entrar com ela desmontada, porque dá muito trabalho para montar. A estrutura de metal compreende quase todo o tamanho da arma, não teria porque desmontá-la”, afirma.
Ainda não há informações de como a pistola chegou ao preso. “A única coisa que ele, Carlos, disse, é que a arma não entrou durante as visitas e nem através de advogado”, relata. O delegado aguarda o resultado da perícia para saber se houve algum disparo.
O exame de balística e o exame residuográfico devem ficar prontos até o começo da semana. O inquérito será concluído e relatado ao Fórum até o dia 11.
Carlos Henrique e Adilson foram indiciados pelos crimes de tentativa de fuga mediante violência, porte ilegal de arma e lesão corporal.