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Capital

Presos envolvidos em tumulto na Máxima vão para o presídio federal

Marta Ferreira | 03/05/2011 11:52
Danone foi para o presídio federal nesta manhã, após tentativa de fuga ontem. (Foto: João Garrigó)
Danone foi para o presídio federal nesta manhã, após tentativa de fuga ontem. (Foto: João Garrigó)

Foram transferidos para o Presídio Federal de Segurança Máxima, em Campo Grande, três presos envolvidos no tumulto ocorrido ontem no complexo penal estadual de Campo Grande, na saída para Três Lagoas, após uma tentativa de fuga.

Os detentos Carlos Henrique da Silva, conhecido como Danone, o pivô da confusão, Adilson Pereira e Fábio Delgado, foram levados para a penitenciária federal nesta manhã, segundo informou a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Os três prestaram depoimento ontem à tarde na 3ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Carandá, sobre o tumulto, ocorrido após Danone tentar fugir, voltaram para a Máxima e hoje foi autorizada a transferência de urgência pelo juiz Albino Coimbra.

A confusão começou ontem quando Danone simulou estar passando mal para conseguir sair da cela, no pavilhão 2. Segundo o relato dos agentes penitenciários, Danone foi retirado da cela junto com Adilson Pereira e levado até o Pavilhão 4, onde fica o atendimento de saúde.

Lá, Carlos usou uma pistola para ameaçar os funcionários do presídio. Dez pessoas ficaram reféns.

Usando um apito, um agente alertou a Polícia Militar e, ainda conforme os relatos dos profissionais que atuam no presídio, chegou a haver troca de tiros, não confirmada pelas autoridades.

A Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises) foi chamada para intervir na situação e, 2 horas após o início do tumulto, Danone se entregou.

Ele, Adilson e Fábio, que teve uma participação menor na confusão, conforme divulgado, foram levados para a delegacia então.

Ontem, a informação é de que o paradeiro deles a partir daí não seria informado. A informação apurou que eles voltaram para o presídio de segurança máxima e hoje cedo houve a transferência.

O pivô -Carlos Henrique da Silva é condenado a 70 anos de prisão, por 14 assaltos e é apontado como integrande da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o que é rejeitado pelo advogado dele, Edgar de Souza Gomes.

As autoridades do sistema penitenciário, porém, afirmam que Carlos Henrique tem um histórico de problemas. Tentou fugir de uma audiência no ano passado e, em 2006, foi apontado como um dos cabeças da pior rebelião ocorrida no complexo penal em Campo Grande, no dia das mães daquele ano.

Por causa dessa rebelião, ocorrida no dia das mães, o mês de maio ficou marcado,a cada ano, como um período de alerta nos presídios. As movimentações teriam relação com o aniversário de criação do PCC.

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