Depois de protesto e terminais cheios, transporte coletivo começa a circular
Motoristas realizaram manifestação e cruzararam os braços por duas horas e meia nesta manhã

Os primeiros ônibus do transporte público de Campo Grande começaram a circular a partir das 7h30, nesta quarta-feira (15). A Capital amanheceu sem ônibus devido à greve nacional contra as medidas propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB) na reforma previdenciária. Os motoristas decidiram realizar uma manifestação e cruzar os braços por duas horas e meia nesta manhã.
A situação pegou muitas pessoas desprevenidas, que lotaram terminais e pontos de ônibus, a espera de transporte para ir e voltar do trabalho. A paralisação foi decidida repentinamente, na noite desta terça-feira (14), pelo STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande).
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Com previsão para sair das garagens às 7h30, ao invés das 5h como de praxe, os primeiros veículos começaram a chegar pouco depois em terminais e bairros. Por volta das 7h35, chegaram ônibus no terminal Guaicurus, que estava completamente cheio e com pessoas aguardando do lado de fora para passar pelas catracas.
No terminal General Osório, usuários aproveitaram a situação caótica, à espera da liberação das catracas, e entraram pelas entradas dos ônibus sem pagar passagem.
A reportagem tentou entrar em contato com o Consórcio Guaicurus para falar sobre os reflexos dos motoristas terem cruzado os braços, mas ninguém atendeu as ligações.
Greve geral - Trabalhadores da educação, segurança pública, construção civil, servidores públicos federais e do Judiciário, empregados dos Correios e da construção civil, eletricitários, bancários e outras categorias, prometem ir às ruas, hoje, para protestar contra a reforma a previdência social, proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). Os professores da rede pública de ensino, também, começam a greve geral que deve deixar ao menos 500 mil alunos sem aulas.