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Capital

Destruição poderia ser menor se usina estivesse pronta, dizem catadores

Aliny Mary Dias e Elverson Cardozo | 15/09/2013 13:16
Moradores ajudam no combate as chamas (Foto: Marcos Ermínio)
Moradores ajudam no combate as chamas (Foto: Marcos Ermínio)

Importante componente do plano de desativação do antigo lixão de Campo Grande, a UPL (Usina de Processamento de Lixo) poderia não ter sido consumido pelas chamas na manhã deste domingo (15) se não fosse o descaso do poder público, segundo os catadores.

A presidente da associação dos catadores, ex-trabalhadores do antigo lixão, Gilda Macedo conta que uma estrutura de concreto destinada para o armazenamento do material não foi concluída até hoje e deixou os materiais expostos.

Segundo os catadores, o incêndio poderia não ter destruído mais de 10 toneladas da cooperativa se o local estivesse pronto. “A culpa disso é toda do poder público que entregou a área sem estar finalizada”, afirma.

Para o catador Oswaldo Macedo, de 42 anos, diante da situação de perda total, os próximos dias são de apreensão e necessidade. “Meus filhos vão passar fome e eu também. Não vou pagar minhas contas de água e de luz”, diz emocionado o homem que trabalha há 9 anos com materiais recicláveis.

O desespero dos catadores é por conta da destruição de todo o material que seria vendido na próxima semana para pagamento do salário dos cooperados. O prejuízo estimado é de R$ 30 mil.

Fumaça densa dificulta ação do Corpo de Bombeiros (Foto: Marcos Ermínio)
Fumaça densa dificulta ação do Corpo de Bombeiros (Foto: Marcos Ermínio)

Incêndio - Três viaturas de combate a incêndio e outras duas de resgate estão no local. Além dos materiais, o maquinário da usina também foi atingido pelo fogo. Os militares trabalham no combate às chamas e o objetivo é resfriar todo o material para evitar que o incêndio se alastre.

Segundo os catadores, o terreno possui quatro barracões e muitos equipamentos. Para tentar salvar o que ainda não foi totalmente consumido, algumas pessoas se arriscam e entram na área para retirar sacos com materiais recicláveis de dentro dos barracões. A Polícia Militar já foi chamada para conter os trabalhadores.

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