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Capital

Destruída e abandonada, antiga Agetran vira ponto de uso de drogas

Filipe Prado e Vinícius Squinelo | 14/10/2013 20:31
Prédio sediava a agência de transporte e trânsito, e hoje abriga moradores de rua (foto: João Garrigó)
Prédio sediava a agência de transporte e trânsito, e hoje abriga moradores de rua (foto: João Garrigó)

O prédio onde ficava a antiga sede da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) agora é frequentado por usuários de drogas. O local, localizado na rua Anhaduí, esquina com a rua Fernando Correa da Costa, na Vila Carvalho, em Campo Grande, está abandonado desde que a nova sede foi inaugurada, em 2010.

Há cerca de sete meses usuários de entorpecentes frequentam o local abandonado, como é o caso do morador de rua Marcos Domingo, 39 anos. Ele afirma que muitas pessoas vão até o local para usar a pasta base, droga que é mais usada, segundo ele, ou somente descansar. “Vem bastante gente aqui, mas não fica lotado. Eles vêm aqui para se drogar e para descansar também”.

A região ficou perigosa para os moradores. Segundo Mauro Fonseca Rolon, 51, as pessoas invadem as casas de quem mora por perto e pegam tudo que está à vista. “Eles entraram na minha casa e roubaram tudo que estava no varal, além de tênis e chuteira, para poderem trocar por drogas depois”.

Ele afirma que até mesmo durante o dia é preocupante. “Estamos passando por um grande sufoco, está muito perigoso aqui, acabou virando ponte de encontro dos usuários e nós não podemos fazer nada”, comenta Rolon.

Uma moradora, que não quis se identificar, afirma ali está melhor, mas ainda é perigoso. “E tento não passar por está região, por que mesmo estando melhor, ainda está muito perigoso para nós andarmos por aqui”.

Fotos mostram descaso com dinheiro público (foto: Denilson Pinto)
Fotos mostram descaso com dinheiro público (foto: Denilson Pinto)
Prédio custou R$ 1 milhão (foto: Denilson Pinto)
Prédio custou R$ 1 milhão (foto: Denilson Pinto)

Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Campo Grande, no local será instalado o Centro de Controle Integrado. O projeto já está em fase de conclusão, assim a obra poderá ser retomada no local.

Revolta – Responsável pelas fotos que retratam a situação do local, o jornalista Denilson Pinto usou a rede social Facebook para demonstrar a revolta com a situação. Ele, inclusive, levantou os custos da obra, avaliada em R$ 1 milhão.

“Nunca uma pichação foi tão apropriada: As pessoas esquece$$em de pensar! Perseguição política? Deixem o homem trabalhar? Olhem isso então, exemplo de incompetência administrativa.......Prédio abandonado da prefeitura, em plena área central, tomado pelo mato, servindo de ponto de drogados, transformando-se numa cracolândia? Isso sim é problema de gestão administrativa!!!!! Imóvel que abrigou durante anos a sede da Agetran, avaliado em mais de R$ 1 milhão, estar nestas condições provoca indignação a nós contribuintes. Que vergonha! O que será vai ser de Campo Grande? Onde vamos parar? Bernal....onde está você? Quem é vítima é o povo!”, postou Denilson.

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