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Capital

Disponível há 5 meses, Uber ainda compensa, até mais que o mototáxi

Equipe do Campo Grande News fez o teste novamente e diferença de preço não foi exorbitante, mas trajeto pelo aplicativo saiu mais barato

Anahi Zurutuza | 27/02/2017 18:10
Aplicativo para celular conecta motoristas e passageiros (Foto: Marcos Ermínio)
Aplicativo para celular conecta motoristas e passageiros (Foto: Marcos Ermínio)
Viagem feita pela reportagem nesta segunda-feira (Foto: Reprodução)
Viagem feita pela reportagem nesta segunda-feira (Foto: Reprodução)

Cinco meses depois que começou a operar em Campo Grande, parece que a Uber se consolidou e mesmo com o “preço dinâmico” – cálculo diferenciado, que deixa a tarifa mais cara quando há poucos motoristas disponíveis – quase sempre, uma viagem com os condutores cadastrados na plataforma ainda compensa, até mais que de mototáxi. O Campo Grande News fez o teste.

Mesmo sendo emenda de 'feriado' de Carnaval, quando poderia haver menos motoristas da Uber disponíveis, uma vez que eles estabelecem os dias e horários que querem trabalhar, nesta segunda-feira (27) o trajeto do cruzamento das ruas Goiás e da Paz até a Rodoviária de Campo Grande custou menos que a corrida de táxi e até de mototáxi entre os mesmos endereços.

A diferença não foi muito grande, como já aconteceu. No primeiro dia de operação da Uber na Capital – 22 de setembro do ano passado –, a equipe pagou por uma viagem de Uber a metade do preço (R$ 14,99) que gastou com um táxi (R$ 30,30). O ponto de partida foi o mesmo das viagens de hoje, mas a reportagem foi até o Aeroporto Internacional.

Nesta segunda-feira, de Uber, o Campo Grande News gastou R$ 20,07 para ir à rodoviária. Já a viagem de mototáxi custou R$ 25 – valor calculado pelo piloto da moto, sem o mototaxímetro ou aplicativo lançado pelo sindicato da categoria – e de táxi custou R$ 28,70.

Isso porque o condutor da Uber usou o caminho indicado no GPS, com 3 km a mais que o feito pelo taxista. O mototaxista usou caminho bem parecido com o feito pelo motorista do táxi, cortando caminho por dentro bairro Vilas Boas. Já o condutor chamado pela Uber fez o trajeto pela Afonso Pena, Calógeras e avenida Costa e Silva até a Gury Marques onde fica o terminal – foram 12,3 km no total, enquanto o táxi percorreu 9 km.

Tela do aplicativo quando preço aumenta (Foto: Reprodução)
Tela do aplicativo quando preço aumenta (Foto: Reprodução)

Preço dinâmico – Cerca de um mês depois que começou a funcionar em Campo Grande, o aplicativo que conecta passageiros e motoristas colocou em operação o “preço dinâmico”.

O mecanismo entra em funcionamento automaticamente sempre que a demanda de viagens aumenta e há menos motoristas que o necessário à disposição.

As tarifas cobradas pela Uber não mudaram. Para entrar no carro, o passageiro paga R$ 2,50 e depois tem de desembolsar R$ 1,10 por km rodado e R$ 0,15 pelo minuto.

Novas regras – O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), baixou decreto na sexta-feira (22) impondo regras aos motoristas da Uber, o que deixou usuários e os próprios trabalhadores autônomos ligados à plataforma preocupados.

Dentre as exigências, está a limitação do número de condutores que poderiam atuar por meio do aplicativo em Campo Grande, no máximo 980 - o titular da autorização e um auxiliar.

A preocupação dos clientes é justamente com o preço, que pode aumentar, uma vez que a redução no número de motoristas faz com que o “preço dinâmico” entre em funcionamento com mais frequência. A AMU (Associação de Motoristas de Aplicativo de Mobilidade Urbana) estima que existam na Capital cerca de 1 mil condutores trabalhando pela Uber.

O chefe do Executivo prometeu rever o decreto e publica portaria nesta semana. A AMU, entretanto, diz que vai à Justiça contra a regulamentação.

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