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Capital

Em dia de visita, clima tenso no presídio reforça denúncias e ameaças

Michel Faustino e Antonio Marques | 23/04/2016 09:48
Familiares em visitação aos presos neste sábado. (Foto: Marcos Ermínio)
Familiares em visitação aos presos neste sábado. (Foto: Marcos Ermínio)
Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

O clima continua tenso no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande. Com a unidade prisional à beira de um colapso, familiares denunciam más condições e falta de atendimento aos internos. Além disso, as mudanças na administração do sistema de carceragem tem gerado revolta e os presos ameaçam retaliação.

Familiares ouvidos na manhã deste sábado (23) pelo Campo Grande News relatam que a situação é de tensão dentro do presídio. Os internos relatam que estão sem atendimento médico.

Além disso, o almoço e o jantar estão sendo servidos com atraso de até três horas e a água estava cortada desde ontem. O abastecimento só foi religado na manhã de hoje, meia hora antes do início das visitações, que seguem até às 16h.

Segundo os familiares, as más condições da unidade somada com a falta de atendimento tem gerado a revolta dos presos que ameaçam represálias. “Se continuar desta forma a tendência é piorar as coisas”, disse a mulher de um dos detentos, que não preferiu não se identificar.

A informação é de que a ordem do comando interno é 'barbarizar' caso os presos continuem recebendo tratamento hostil. A preocupação é com a chegada das datas tidas como 'comemorativas': Dia do Trabalhador e Dia das Mães, aumentam o número de visitações e com isso o risco de uma rebelião.

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso do Sul), André Luiz Garcia Santiago, afirma que os presos estão recebendo assistência em saúde normalmente.

Ele lembra que, em razão do envenenamento de seis agentes nesta semana, parte da comida dos presos e servidores estava vindo de fora, por isso as refeições estão sendo servidas com um atraso, mas a situação já está normalizada pelo fato da alimentação estar sendo feita novamente dentro do presídio.

Quanto a falta de água, o sindicalista disse que a situação ocorre em decorrência na falha do sistema de abastecimento, sendo um problema pontual. Ele nega que racionamento seja proposital.

Santiago reitera que os agentes estão em alerta em virtude dos últimos acontecimentos. Revoltados com as ações dentro do presídio, presos teriam orquestrado diversos ataques na Capital. Na mesma semana, seis agentes foram intoxicados com veneno de rato colocado no café.

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