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Capital

Empresa nega falhas em manutenção e culpa piloto por acidente com Huck

Relatório da FAB concluiu que Pane seca causou queda de avião onde estavam apresentador e família

Luana Rodrigues | 25/04/2017 16:55
Acidente aéreo numa manhã de domingo mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Base Aérea (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Acidente aéreo numa manhã de domingo mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Base Aérea (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Cinco dias após divulgação do laudo da FAB (Força Aérea Brasileira), que concluiu as causas do acidente aéreo envolvendo os apresentadores Angélica, Luciano Huck e família, a empresa MS Taxi Aéreo - dona do avião onde eles viajavam – afirmou nesta terça-feira (25), ao Campo Grande News, que cumpriu todas as determinações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) com relação a aeronave e não fraudou diários de bordo, conforme descreve o documento da aeronáutica.

O acidente aconteceu quando Angélica e Huck retornavam de uma gravação no Pantanal, no território do município de Miranda - localizado a 201 km de Campo Grande. O destino final seria a Capital, onde o casal entraria em outro voo. Pelo relatório da FAB, uma combinação de falha mecânica e despreparo da tripulação foram responsáveis pela queda do avião, causada por pane seca.

Conforme nota encaminhada ao Campo Grande News, a empresa afirma que “como toda empresa de táxi aéreo, possui um setor de controle de manutenção (CTM), onde todas as cadernetas, registros de manutenção, controle das aeronaves e manuais de serviço dos fabricantes, ficam a disposição não só da tripulação, como a todos os funcionários relacionados com a operação”, revela.

Para a FAB, além dos problemas referentes a empresa, o piloto do avião, Osmar Frattini, teria errado ao decolar mesmo após perceber que o sistema usado para mudar o ângulo da hélice da aeronave não estava funcionando. A investigação militar descobriu que na asa esquerda havia no máximo 160 litros de combustível, sendo que deveria haver 350 litros.

A empresa concorda com este ponto do relatório. Para a MS Táxi Aérea, Frattini deveria ter avisado o setor de operações da empresa sobre o problema, ao invés de dar continuidade ao voo, “pois é o que esta descrito em nossos manuais de operação aprovados pela ANAC e deve ser seguido. A empresa faz sua parte mantendo as aeronaves aeronavegáveis e sua tripulação devidamente treinada e checada/liberada para voo, efetuada pela Anac. Porém as decisões de operação referente ao voo são atribuições ao comandante, que é pessoa capacitada pela Empresa e Anac para tal”, explicou a empresa.

A FAB ainda apontou outros problemas com relação ao piloto como, por exemplo, não seguir procedimentos de emergência em caso de pane seca, além de não ter treinamento para pilotar aquele avião.

A MS Táxi Aérea contesta esta informação e diz que o piloto tem mais de oito mil horas de voo e mais de 400 horas no modelo PT ENM. Além disso, tinha treinamento concedido pela empresa,repetido anualmente, com todos os tripulantes.

“A empresa faz sua parte mantendo as aeronaves aeronavegáveis e sua tripulação devidamente treinada e checada/liberada para voo, efetuada pela ANAC. Porém as decisões de operação referentes ao voo são atribuições ao comandante, que é pessoa capacitada pela Empresa e ANAC para tal. Sendo assim, ressaltamos que a empresa sempre prezou e preza pela segurança em suas operações”, se defendeu.

O Campo Grande News tentou contato com Osmar Frattini na tarde desta terça-feira (25), no entanto, o piloto afirmou que já havia concedido entrevistas a outros veículos, que estava em viagem e não poderia conversar com a equipe de reportagem.

Susto e holofote – O avião que transportava os apresentadores Luciano Huck, Angélica, três filhos do casal e duas babás fez um pouso forçado na fazenda Palmeira, próximo à rodovia MS-080, na manhã de 24 de maio, um domingo. Na aeronave, ainda estavam o piloto Osmar Frattini, 52 anos, considerado herói por ter evitado uma tragédia, e o co-piloto José Flávio de Souza Zanatto.

A família Huck e as babás foram socorridas por uma pessoas que passava pela estrada. Todos foram levados à Santa Casa de Campo Grande. O piloto primeiro foi para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e, após pedido de Luciano Huck, levado para a Santa Casa. O acidente aéreo dominou o noticiário nacional.

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