Estudantes discutem protesto e ameaçam vaia se prefeito aparecer
Cerca de cinquenta estudantes foram à Praça do Rádio, na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, para discutir temas e chamar a atenção da população para o protesto de quinta-feira (20).
De acordo com o acadêmico de Letras, Paulo Mota, de 17 anos, o objetivo da reunião é expor as idéias de cada um e debater qual será o foco da passeata. “O ato é uma continuação do protesto nacional, no entanto não vamos deixar de lado as questões regionais”, afirma.
Segundo o estudante, um dos assuntos a ser tratado hoje é a questão do vale transporte. “Nós também estamos junto com o movimento nacional pedindo a gratuidade do transporte público”, diz.
Para a acadêmica de Serviço Social Ana Vitória Cabral, de 19 anos, que participou do protesto no Rio de Janeiro, o manifesto será uma chance de fazer barulho e exigir que seja feita alguma coisa em favor da população, que está cansada de ver o quem vem acontecendo e ficar calada.
“Quero deixar claro que a manifestação é apartidária e pacífica". O prefeito Alcides Bernal (PP) comentou nas redes sociais que vai participar, mas se ele vier será vaiado, avisam.
Reprimido pela ditadura, o empresário e engenheiro Noli Alessio, de 60 anos, é um dos que vai participar do movimento. Na década de 60 ele relembra que foi um cara reprimido e que sempre ficou na vontade de lutar por um país mais digno.
“Vou protestar contra o aumento dos salários dos políticos em geral e imunidade parlamentar. Vou defender metrô para cidades com mais de 300 mil habitantes e leis mais severas para o crime de estupro, além disso, pedir para a população acompanhar a evolução do patrimônio dos políticos”, diz lendo a lista que fez antes de sair de casa.
Nesta quarta-feira pelo menos vinte e três mil pessoas confirmaram presença via Facebook na primeira manifestação contra corrupção na próxima quinta-feira (20), às 17h na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande.
