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Capital

“Evite festinhas”, pede médica que relata sede e dor na linha de frente

A profissional de saúde alerta que há uma alta taxa de ocupação nos leitos de UTI de Campo Grande

Aline dos Santos | 16/07/2020 08:16
Médica, Bruna Minari faz apelo e conta a dura rotina de quem enfrenta a covid-19 na linha de frente. (Foto: Reprodução\Instagram)
Médica, Bruna Minari faz apelo e conta a dura rotina de quem enfrenta a covid-19 na linha de frente. (Foto: Reprodução\Instagram)

Enquanto uma parcela da população pode decidir se fica ou não em casa nesta pandemia do novo coronavírus, aos profissionais de Saúde só resta enfrentar a covid-19 à beira leito dos enfermos.

O relato da médica Bruna Minari, postado em sua rede social, mostra que a linha de frente é feita de suor, sede e dores. A profissional é cirurgiã e tem pós-graduação em Cuidados Paliativos.

“O intuito é de ajudar as pessoas a melhorarem logo. Graça a Deus a gente tem EPI [Equipamento de Proteção Individual]. Mas a gente coloca uma roupa impermeável muito quente, a roupa que parece da Nasa. A roupa de baixo fica suada, totalmente molhada. Não consegue tomar água, não consegue fazer xixi, a máscara machuca o rosto, o  face shields aperta. Tudo isso dói a cabeça. É uma situação que a gente passa porque sabe que é para ajudar uma pessoa”, afirma a médica, que trabalha em Campo Grande.

A profissional de Saúde alerta que há uma alta taxa de ocupação nos leitos clínicos e nas UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“Temos muito pacientes internados. Peço de coração que vocês se conscientizem. Não só a questão da máscara e de lavar as mãos, que todo mundo já sabe. Mas evitar os encontros nesse momento, as aglomerações, as festinhas. A gente tem muitos  pacientes assintomáticos que tem o vírus. Mas a gente não sabe em quem o vírus vai se manifestar de maneira negativa e em quem vai ser de maneira tranquila. Não coloque em risco quem você ama, isso vai passar”, diz, em tom de apelo, a médica.

Sem vacina contra o coronavírus, o “remédio” é o distanciamento social. De acordo com o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), são 5.181 casos confirmados do novo coronavírus em Campo Grande.



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