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Capital

Falta de gás faz Ceinf “importar” comida pronta para 140 alunos

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 31/07/2013 12:48
Comida para alunos de Ceinf foi feita no Cras. (Foto: Cleber Gellio)
Comida para alunos de Ceinf foi feita no Cras. (Foto: Cleber Gellio)

Faltou gás e sobraram versões fantasiosas para justificar o problema no Ceinf (Centro de Educação Infantil) “José Ramão Cantero”, localizado no Jardim Futurista, em Campo Grande. Sem poder ser feita no local, a comida foi “importada” do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), localizado na mesma rua, para alimentar os 140 alunos, com idades entre 4 meses e 4 anos.

No local, na rua Palmeirais, a primeira informação oficial era de que tudo estava normal. Há seis meses no comando da unidade, a diretora Cleusa Silveira afirmou que tinha gás e que as crianças estavam, inclusive, em horário de almoço. “Tem dois botijões de 45 quilos. Quando acaba um, troca e logo pede outro. Nunca faltou gás nem alimento”, disse. Conforme a diretora, a única dificuldade foi no começo do ano, quando faltou hortifrútis.

Ao sair do local, a reportagem conversou com um pedreiro que fazia o reboco de uma parede em frente ao Ceinf. Ali desde às 8h, ele relatou que viu quando as pessoas saíram do Cras e levaram panelas para a creche. Neste momento, uma mulher que vendia tapete se aproximou e, após sucessão de perguntas sobre aluguel de casas, questionou o que o pedreiro disse à repórter. Ele repetiu o que relatou sobre as panelas e a mulher entrou no Ceinf.

Pouco depois, veio a própria diretora. Ela perguntou sobre o que pedreiro disse à reportagem e , depois, chamou o trabalhador para entrar no Ceinf. No Cras, a nova direção informou que assume amanhã e, portanto, não seria dado entrevista.

Entretanto, um guarda municipal confirmou que as duas panelas saíram de lá para alimentar as crianças. Uma cozinheira rebateu que o problema não foi falta de gás, mas mal funcionamento em uma das bocas do fogão.

Por fim, a coordenadora do Cras, Rosilene Colombo aceitou dar entrevista. “Se somos uma unidade só. Acabou de acabar o gás e vieram fazer a comida aqui”, confirmou. Em seguida, disse que informação oficial só poderia ser dada na SAS (Secretaria de Políticas e Ações Sociais e Cidadania) pela coordenadora-geral.

O gás GLP é fornecido pela empresa Jagás à Prefeitura de Campo Grande. A empresa foi a segunda colocada na licitação, mas acabou escolhida para firmar contrato emergencial. Em janeiro, fevereiro e março, o valor gasto nos contratos chegou a R$ 101.977. 

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