ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, SEGUNDA  29    CAMPO GRANDE 33º

Capital

Falta de insulina e espera por consulta afetam pacientes com diabetes na Capital

Na rede pública, 935 pessoas aguardam por atendimento com endocrinologista

Por Cassia Modena | 29/09/2025 12:10
Falta de insulina e espera por consulta afetam pacientes com diabetes na Capital
Homem segura ampola de insulina fornecida pelo SUS (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

A falta das insulinas Lantus (glargina) e Novorapid (asparte) e de fita para medir a glicemia (índice de açúcar no sangue), além da demora para se consultar com um endocrinologista na rede pública, são dificuldades enfrentadas por pessoas com diabetes em Campo Grande.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu investigação para apurar problemas no atendimento a pacientes diabéticos em Campo Grande. Entre as principais queixas estão a falta das insulinas Lantus e Novorapid, escassez de fitas para medição de glicemia e demora nas consultas com endocrinologistas.A lista de espera para atendimento com especialistas conta com 935 pacientes, com esperas desde março de 2023. A Secretaria Municipal de Saúde afirma ofertar 474 vagas mensais e explica que apenas casos específicos são encaminhados aos endocrinologistas, enquanto os demais são acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde.

Após receber reclamações, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu, neste mês, investigação para apurar possíveis falhas na gestão dos medicamentos e da fita e também verificar se a quantidade de especialistas disponíveis para atender os pacientes é insuficiente, apesar da pressão sobre o sistema de saúde e do risco de morte que a doença crônica representa.

A lista de espera para consultas com endocrinologistas tem 935 pacientes, e os primeiros da fila aguardam desde março de 2023. Sobre as insulinas, o MPMS adiantou que identificou fragilidade no controle de estoques e na entrega aos pacientes no CEM (Centro de Especialidades Médicas). Não há um sistema informatizado nem planilhas adequadas para a organização.

Secretaria responde - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou à reportagem que são ofertadas 474 vagas mensais com médicos endocrinologistas prestadores de serviço e explicou que apenas diabéticos que apresentam irregularidade ou resistência ao tratamento convencional recebem encaminhamento. Os demais são acompanhados em Unidades Básicas de Saúde da Família.

Sobre as insulinas e a fita, a pasta ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.

A Sesau terá que informar ao MPMS o número exato de endocrinologistas, a média de atendimentos, a situação atualizada do estoque de insulinas e fitas e as providências concretas do plano de ação para contratar novos especialistas e fazer o controle informatizado de insumos. "A Secretaria Municipal de Saúde informa que foi notificada e está dentro do prazo estabelecido para responder aos questionamentos", acrescentou.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.