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Capital

Família procura paciente que desapareceu do Hospital Universitário

Mariana Lopes | 30/10/2012 17:34
Maria Inês mostra a foto do pai, que está desaparecido desde domingo (Foto: Minamar Júnior)
Maria Inês mostra a foto do pai, que está desaparecido desde domingo (Foto: Minamar Júnior)

Desde domingo (28), Maria Inês Ramiro de Souza, 29 anos, vive na angústia de não saber onde está o pai. Ela o internou na tarde de sábado (27), no Hospital Universitário, e no outro dia, quando voltou lá para visitá-lo, não o encontrou e ninguém do hospital soube informar do paradeiro do paciente.

Claudio Fernandes de Souza, 52 anos, é soro-positivo e, segundo a filha, a doença está em estágio bem avançado. “Ele está muito debilitado, estava usando fralda, tendo variações mentais”, conta Maria Inês.

Na última sexta-feira (26), Claudio estava passando mal e a filha o levou para o UPA Universitário, onde ele ficou internado até a manhã de sábado. O médico plantonista da unidade de saúde o encaminhou para o HU, porque ele apresentava uma infecção.

Maria Inês afirma que deu entrada no Hospital Universitário por volta das 12h40 e ficou com o pai até às 15h. “Um enfermeiro do hospital me orientou que meu pai não precisava de acompanhante, pois ele não é idoso, então fui embora”, diz.

Cláudio ficou internado no corredor do HU, conforme relato da filha. No domingo, Maria Inês foi para o hospital por volta das 13h, no horário de visita, e ao procurar pelo pai, veio o desespero de não encontrá-lo.

Ao questionar os funcionários sobre o pai, Maria Inês conta que ficou no vazio. “Me mostram a ficha dele, na qual constava que às 7h a médica responsável havia assinado e preenchido com ‘paciente não encontrado’, e os funcionários não souberam me responder onde estava meu pai”, relata.

Maria Inês foi encaminhada para a assistente social do HU. “Ela virou para mim e disse que o erro foi deles e só”, reclama. Para ela, a postura do hospital foi de descaso. “E agora? Como é que fica? Eles erram e eu assumo as consequências? Meu pai some de dentro do hospital e eles só me falam isso?”, desabafa.

Do HU, Maria Inês foi para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga para registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do pai.

No domingo mesmo, ela conta que percorreu a região do Jardim Aeroporto, onde o pai morava antes de ir para a casa dela. “Mas não acredito que ele tenha conseguido ir muito longe, porque ele estava bastante debilitado”, pontua Maria Inês.

No hospital, Cláudio foi deixado pela filha vestido de bermuda jeans, camiseta pólo com listras verdes e fralda. A foto publicada nesta matéria é de mais ou menos um ano atrás. Segundo Maria Inês, hoje o pai dela está mais magro, com o cabelo mais grisalho e barba grande.

Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de Cláudio, pode entrar em contato com a filha dele pelo telefone 9264-2556.

A assessoria de imprensa do Hospital Universitário informou que está investigando o caso e que só depois irá se pronunciar.

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