ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Filho de ex-prefeito é "condenado" a pagar R$ 1.007,00 por homofobia

Nícholas Vasconcelos | 12/04/2013 10:14
Jovem acusado de agressão vai pagar R$ 1 mil pelo crime. (Foto:Arquivo)
Jovem acusado de agressão vai pagar R$ 1 mil pelo crime. (Foto:Arquivo)

“Você pode bater em qualquer um, mas se tiver R$ 1 mil você paga pelo erro” a declaração é do jovem de 23 anos que foi agredido depois de sair de uma boate em Campo Grande em 2011.

Nesta quinta-feira (11) foi realizada a audiência criminal sobre o caso, que envolve André Baird, filho do ex-prefeito de Costa Rica, Jesus Baird, e mais três jovens na saída da boate Neo, na região central da cidade. A decisão da Justiça foi o pagamento de R$ 1.017 por cada um dos agressores para instituições de caridade. O valor ainda poderá ser dividido em quatro vezes,

A vítima afirma ter sido agredido por homofobia, enquanto os agressores negam que esta tenha sido a causa do crime. Na época, André Baird, confirmou para a delegada Daniela Kades que a causa da agressão foi a orientação sexual do estudante.

O rapaz conta que durante a audiência André se mostrou inquieto, tendo dito inclusive que estava com pressa e precisava ir embora, independente do valor que seria cobrado pela Justiça.

A vítima, que na época do crime tinha 21 anos, havia saído da boate na rua 15 de Novembro e estava sentado com um amigo na esquina das ruas Boa Vista e Bahia, quando os jovens passaram eu um carro e começaram a xingá-los.

Logo em seguida, dois dos jovens desceram do veículo e correram em direção às vítimas. Segundo o jovem, ele pensou que se tratava de um assalto e gritou para o amigo correr porque eles seriam roubados.

O jovem desceu pela rua Bahia, e virou à direita na avenida Fernando Corrêa da Costa, enquanto o amigo continuou pela rua Bahia.

A vítima correu pela avenida, seguido pelos agressores, até que caiu no chão e começou a apanhar. Depois de alguns minutos, a agressão terminou e os quatro jovens voltaram para o carro, mas logo retornaram e recomeçaram a surra.
Terminadas as agressões o grupo foi embora e o rapaz foi socorrido por outros jovens que passavam pelo local. A

De 2011 até hoje, o rapaz convive com piadas sobre as agressões que causam constrangimento e fazem não esquecer a violência.

Além do constrangimento, o rapaz tem de conviver com o receio de sair de casa por medo de ser vítima de novas agressões como as sofridas há dois anos.

“É uma coisa forte que eu carrego comigo, sempre saio de casa com medo”, revela.

Além da ação criminal, corre na Justiça o inquérito Cível para o pedido de reparação de morais. A data desta audiência ainda não foi agendada.

Nos siga no Google Notícias