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Capital

"Fiquei em choque", diz esposa de ciclista morto atropelado no Tarumã

Família se despediu de Moacir durante velório nesta manhã e pediu justiça

Dayene Paz e Bruna Marques | 21/01/2022 10:09
Familiares de Moacir durante velório na manhã desta sexta. (Foto: Henrique Kawaminami)
Familiares de Moacir durante velório na manhã desta sexta. (Foto: Henrique Kawaminami)

O dia foi de despedida para a família de Moacir de Oliveira, 48 anos, ciclista que morreu atropelado por motorista bêbado na noite de quarta-feira (19), em Campo Grande. Ainda sem acreditar, em choque, a esposa Maria Madalena, 43 anos, pediu justiça. "Perdi meu namorado, marido, companheiro", disse a mulher, durante o velório no Cemitério Parque de Campo Grande.

Manicure e cabeleireira, Maria Madalena estava casada há 12 anos com Moacir. O homem, de uma vida simples, fé inabalável e dedicado à família, cuidava dos pais há cerca de dois anos. "Há dois anos, estava cuidando dos pais. Ficava lá durante a semana com eles e aos fins de semana, voltava para casa, no Jardim Aeroporto", lembra.

Na noite de quarta, Moacir estava seguindo para a célula de homens da igreja, quando ocorreu o acidente. "Toda quarta ele ia, o pessoal da célula estava falando com ele, mas parou de responder as mensagens", explica Maria, que também estava em uma célula de mulheres. "Falei que quando terminasse, falava com ele, mas depois de um tempo, já não respondia", reafirmou.

Moacir em casa com os netos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Moacir em casa com os netos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Por volta das 22 horas, a ligação feita pela esposa foi atendida por um policial. "Falou do acidente, mas não falou que tinha morrido. Fui identificar no IML, tinha esperança que não fosse ele, fiquei em choque, transtornada", lamenta a esposa.

Moacir e a esposa, Maria Madalena. (Foto: Arquivo Pessoal)
Moacir e a esposa, Maria Madalena. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ela diz que Moacir era eletricista e só andava de bicicleta. Ele deixou três filhos de relacionamentos anteriores. "Um homem dedicado a Deus, paizão, "avôzão", prestativo, bom de coração, agora, foi para um encontro verdadeiro com Deus", disse.

Agora, a família pede justiça e que o motorista que o atropelou continue preso. "A gente perdoa, porque não podemos guardar mágoa de ninguém. A justiça vem de Deus, que sabe de todas as coisas, a providência e a justiça é dele", finalizou Maria.

Abalada, mãe de dois filhos de Moacir também conversou com o Campo Grande News e pediu justiça. "É uma atrocidade o que aconteceu, não tem explicação e a família só pede justiça, não é fácil perder um ente querido", afirmou a auxiliar de cozinha de 39 anos.

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