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Capital

Funcionários de empresa de segurança protestam contra salários atrasados

Aliny Mary Dias e Luciana Brazil | 08/07/2013 10:09
Funcionários afirmam que atrasos ocorrem há 7 meses (Foto: Cleber Gellio)
Funcionários afirmam que atrasos ocorrem há 7 meses (Foto: Cleber Gellio)

Trabalhadores da empresa de segurança Blitzem fazem protesto na manhã desta segunda-feira (8) em frente ao prédio da empresa, na Rua Dolor de Andrade no bairro São Francisco. Os seguranças reclamam que os salários estão atrasados há um mês, mas que os pagamentos fora do prazo acontecem há pelo menos 7 meses.

Com um carro de som e fogos de artifício, cerca de 50 seguranças e representantes da UGT (União Geral dos Trabalhadores) chamam a atenção de quem passa pelo local. Segundo os funcionários, além dos atrasos nos salários, muitos não recebem o ticket de alimentação há 3 meses.

O salário por turno de 12 horas pago pela empresa é de R$ 1,3 mil e o ticket no valor de R$ 200. Os funcionários contam que 80% da folha salarial está atrasada. Além da Capital, a empresa tem postos de trabalhos em Dourados, Naviraí, Ivinhema e Fátima do Sul, além de outros municípios no interior.

Catarino Rodrigues de Moraes, de 42 anos, está há 4 anos na empresa e afirma que as negociações já aconteceram, mas que os atrasos continuam. “Já pensei em pedir demissão e há três meses não recebo o ticket. Tenho que trabalhar por fora para receber o que a empresa não me paga”, desabafa.

Segundo os trabalhadores, existem denúncias no MPT (Ministério Público do Trabalho) contra a empresa e que ela está sendo investigada.

Diretor da Blitzem diz que reajuste da lei da periculosidade trouxe problemas nos pagamentos (Foto: Cleber Gellio)
Diretor da Blitzem diz que reajuste da lei da periculosidade trouxe problemas nos pagamentos (Foto: Cleber Gellio)

O diretor da Blitzem, Vitor Hugo Fontoura, disse ao Campo Grande News que a empresa possui mais de 500 funcionários e uma folha salarial de R$ 600 mil. Fontoura explica que os problemas de atraso começaram depois do reajuste de 21% aprovado pela lei da periculosidade.

“Arcamos com o aumento da lei da periculosidade que foi aprovada em março. O reajuste foi de 30%, mas a lei não foi regulamentada e as empresas que prestamos serviço não nos repassaram esse reajuste”, afirma o diretor.

O resultado foi um aumento de R$ 300 mil na folha salarial da empresa por mês, que atualmente já soma R$ 1 milhão. Apesar da reclamação de atraso na maioria dos pagamentos, Fontoura afirma que 90% dos funcionários já receberam.

“Temos atraso nos pagamentos de 72 funcionários de Dourados e 20 de Campo Grande. Em Dourados o problema é o sindicato que entrou com liminar contra a empresa e o valor acabou sendo retido”, explica.

Sobre o atraso no pagamento do ticket alimentação, o diretor explica que houve problemas com a relação dos funcionários e o benefício foi suspenso para levantamento do valor.

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