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Capital

Funcionários param HU e protestam contra o não pagamento de plantões

Edivaldo Bitencourt e Aliny Mary Dias | 05/09/2014 09:53
Funcionários estão vestidos de luto para protestar contra suspensão do pagamento dos plantões (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionários estão vestidos de luto para protestar contra suspensão do pagamento dos plantões (Foto: Marcos Ermínio)
Lucivaldo diz que funcionários estão recorrendo a agiotas para pagar contas (Foto: Marcos Ermínio)
Lucivaldo diz que funcionários estão recorrendo a agiotas para pagar contas (Foto: Marcos Ermínio)

Funcionários do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian paralisaram as atividades e realizam protesto, na manhã de hoje (5), contra o fim do pagamento dos plantões. Sem a gratificação, eles tiveram redução de aproximadamente 50% nos salários desde dezembro, quando a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) assumiu o comando da instituição.

Além da paralisação, cerca de 100 trabalhadores realizam uma manifestação na entrada do hospital, na Avenida Filinto Muller, na Vila Ipiranga. Técnicos de enfermagem, enfermeiros, nutricionistas e funcionários da lavanderia estão vestidos com roupas pretas e com a frase: “luto, meu suor é sagrado”.

Segundo o coordenador-geral do Sista/UFMS (Sindicato dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves dos Santos, desde que a Ebserh assumiu a gestão do HU, em dezembro do ano passado, os funcionários deixaram de receber pelos plantões. O valor representava de 40% a 50% do salário.

Em decorrência do corte, segundo o sindicalista, os funcionários estão endividados e recorrendo a agiotas para pagar as contas e manter o sustento da casa. “A insatisfação é geral”, destacou Lucivaldo. A Ebeserh informou aos funcionários que só vai retomar o pagamento dos plantões após concluir auditoria na folha de pagamento.

A técnica de enfermagem Simone Justino contou que o seu salário teve redução de 50%. Ela disse que além de receber menos, está sendo obrigada a trabalhar mais porque não houve a contratação de funcionário. “To cheia de dívidas, todo mundo tem filhos para cuidar”, queixou-se.

Segundo Ely Pereira, que tem 28 anos de serviço prestado ao HU, nunca houve uma situação tão desesperadora como essa. “Trabalhei, logo mereço receber”, afirmou.

Apesar da paralisação, 30% dos funcionários estão trabalhando, segundo o sindicato. Eles só estão restringindo o acesso de veículos particulares. Ambulâncias têm acesso livre ao hospital.

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