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Capital

Golpista se passava por policial para furtar dinheiro, mercadorias e carros

João Paulo da Silva Martinez aplicava golpes em pequenos comércios da periferia de Campo Grande

Luana Rodrigues e Adriano Fernandes | 09/06/2017 17:32
Golpista se passava por policial para furtar dinheiro, mercadorias e carros
João Paulo da Silva Martinez, 33 anos, apresentado pela Derf na tarde desta sexta-feira (9). (Foto: Adriano Fernandes)

Apenas com um papel nas mãos e muita brutalidade, João Paulo da Silva Martinez, 33 anos, se passava por policial para arrancar dinheiro de pequenos comércios da periferia da Capital. O homem foi preso pela Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos), na noite desta quinta-feira (8), depois de fazer, pelo menos, oito vítimas na Capital.

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, sem farda, distintivo ou qualquer outra característica que o identificasse como policial, João Paulo chegava nos comércios de Campo Grande e dizia que era policial. Grosseiro, ele apresentava aos comerciantes um papel e afirmava que era uma ordem judicial para fechar ou multar os estabelecimentos.

Sem alvará ou com alguma irregularidade, os comerciantes acreditavam na versão do falso policial, que pediu propina para não executar a ordem que dizia ter ou "apreendia' mercadorias, afirmando que se tratavam do pagamento de multas. 

Em outros casos, o falso policial chegava a parar motoristas nas ruas também afirmando que os veículos que conduziam estavam com alguma irregularidade e furtava os carros, sob a justificativa de que estava os 'apreendendo'. Ele ainda orientava os condutores a procurarem a polícia, caso quisessem o carro de volta.

As mercadorias e os veículos recolhidos mediante extorsão e furto eram vendidos e o dinheiro ficava com o golpista.

Investigação - Segundo o delegado, os crimes começaram a cerca de 90 dias, quando a polícia iniciou a investigação. De lá para cá, o suspeito mudou de endereço por várias vezes, o que dificultou o trabalho dos policiais.

João Paulo acabou preso ontem a noite, em uma residência no bairro Nova Campo Grande, depois de os policiais ficarem de campana por cerca de cinco horas. No local, a polícia apreendeu uma TV LCD, que pode ter sido furtada.

Pelo menos oito vítimas já foram identificadas e prestaram depoimento a polícia. No entanto, o delegado acredita que o número de pessoas extorquidas ou furtadas seja ainda maior.

“Achamos que não é nem 10% da quantidade de vítimas que ele fez, porque as pessoas tem medo de denunciar. Mas vamos continuar investigando de maneira que possamos localizá-las”, afirmou Salomão.

Conforme a polícia, o autor já tem passagens por roubo, furto, tráfico de drogas, apropriação indébita, estelionato e, inclusive, já foi preso por extorsão em Dourados – município 233 quilômetros da Capital.

Agora, ele irá responder por furto mediante fraude e extorsão, cuja a pena é de cinco a 10 anos de prisão. Quem tiver qualquer denúncia para fazer contra João Paulo, deve entrar em contato com a Derf, no telefone (67) 3368-6601.

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