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Capital

“Grito dos Excluídos” muda rota para não encontrar apoiadores do presidente

Manifestantes pró-Bolsonaro ainda ocupavam praça onde seria ponto de chegada da passeata

Clayton Neves e Caroline Maldonado | 07/09/2021 16:59
Passeata no momento em que passou pela Rua 14 de Julho. (Foto: Paulo Francis)
Passeata no momento em que passou pela Rua 14 de Julho. (Foto: Paulo Francis)

Manifestantes que participam do “Grito dos Excluídos" mudaram a rota que fariam até a Praça do Rádio Clube para não encontrarem com grupo favorável ao presidente Jair Bolsonaro, que ainda ocupa o espaço que seria ponto de chegada e de culto ecumênico da passeata.

Com faixas contra o presidente e o atual governo, centenas de pessoas marcharam pelas ruas do Centro. (Foto: Paulo Francis)
Com faixas contra o presidente e o atual governo, centenas de pessoas marcharam pelas ruas do Centro. (Foto: Paulo Francis)

“A gente organizou nosso ato à tarde para não encontrar com eles. É uma falta de respeito, porque todos têm direito de se manifestar. Nós respeitamos o direito deles e agora, não respeitam o nosso”, comentou a professora Jaqueline dos Santos, de 29 anos.

Pelo cronograma, que já estava agendado e previamente divulgado, os manifestantes sairiam da Praça Ary Coelho pela Avenida Afonso Pena e terminariam o protesto contra o atual Governo Federal na praça, poucas quadras acima.

Depois de serem avisados que apoiadores do presidente ainda ocupavam o espaço, organizadores reformularam o trajeto e o grupo entrou na Rua 14 de julho em direção a Rua Antônio Maria Coelho. De lá, vão descer pela Rua 13 de maio e retornar para a Praça Ary Coelho.

“A gente está tentando fazer algo pacífico e eles querem vir para cima. Eles acham que só eles têm o direito de se manifestar, mas democracia não é isso”, afirmou o professor aposentado Neurandi Pereira de Oliveira, de 53 anos.

Para o engenheiro ambiental Antônio Carlos Sampaio, de 68 anos, a permanência do grupo oposto na praça é um ato de provocação. “Vamos continuar nossa passeata e não vamos aceitar provocação. Isso combina com as pautas deles, que são autoritaristas”, finaliza.

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